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Rondônia, quinta, 25 de abril de 2024.

G1

Coruja é resgatada após ficar presa a arame farpado perto de aeroporto em RO


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Coruja ficou presa durante provável rasante à noite, diz Semma. ‘Ela se machucou bastante, mas agora está sendo medicada e esperamos que volte a voar’, diz socorrista. Coruja é resgatada perto do aeroporto de Vilhena, RO
Semma/Divulgação
Uma coruja da espécie Tyto Furcata foi resgatada, nesta terça-feira (2), depois de ficar presa a um arame farpado perto do aeroporto de Vilhena (RO), no Cone Sul do estado.
Segundo Thiago Baldine, assessor da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), diz que uma equipe do aeroporto estava chegando para trabalhar quando percebeu uma coruja machucada, presa em um arame.
Um bombeiro do aeroporto fez os primeiros socorros da ave e acionou a Semma. Ao G1, Thiago explica como provavelmente a coruja se enroscou.
“A coruja tem hábitos noturnos, então ontem à noite ela deve ter saído para caçar e aí quando foi dar um rasante em algum bicho [rato], acabou batendo no arame e ficou presa. Ao tentar sair da cerca, se debateu e acabou ficando ainda mais presa no arame. Quando nós chegamos lá tinha um pedaço de arame preso na asa ainda, daí tiramos e constatamos que houve uma lesão feia na asa. Arrancou várias penas e músculos ficaram expostos”, diz.
Depois de ser retirada do arame pela equipe, a coruja foi ‘imobilizada’ com o pedaço de uma faixa que estava no carro da Semma. A imobilização foi necessária para que a ave não ficasse se debatendo e comprometesse ainda mais as asas.
Resgate de coruja em Vilhena nesta terça-feira, 2
Semma/Divulgação
“Como estávamos na rua fazendo uma outra vistoria, a gente estava despreparado, pois não sabíamos que teríamos que ir até o aeroporto fazer o resgate, então precisamos usar a faixa para fazer ela ficar imobilizada. Trabalhamos às vezes com o improviso para socorrer animais”, relata o assessor da Semma.
Segundo Thiago, a coruja foi encaminhada até um veterinário de Vilhena e lá foi medicada com antibiótico e anti-inflamatório, além de ser feito o estancamento do sangue.
“Não sabemos se ela vai voltar a voar. No momento queremos que esse bicho sobreviva, ele tá em repouso. Se a coruja voltar a voar, iremos treinar ela com técnicas da falcoaria”, afirma.
Atenção para questão aeroportuária
Para Thiago Baldine, a aproximação da coruja com o aeroporto mostrou outro fator que exige atenção das autoridades: o risco para um acidente aeroportuário.
“A ave estava perto da cerca, mas poderia ter ido para a pista e assim uma possível de quase colisão ou colisão [com aeronave]. É essa a importância de um Plano Básico de Gerenciamento de Risco de Fauna, que não tem em Vilhena, mas já existe em aeroportos como o Galeão (RJ)”, ressalta Thiago.
Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o Plano Básico de Gerenciamento de Risco de Fauna ‘estabelece procedimentos incorporados à rotina operacional do aeródromo, cuja finalidade é reduzir progressivamente o risco de colisão entre aeronaves e animais’.
“Colisões entre aeronaves e fauna, principalmente aves, são o tipo de incidente mais repetitivo na aviação mundial e representa hoje uma das maiores preocupações para o setor aéreo. A finalidade do Manual de Gerenciamento de Risco de Fauna é orientar a prática de processos fundamentais para reduzir colisões com maior severidade”, afirma o Cenipa.

Fonte: G1 Rondônia

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