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Rondônia, quarta, 01 de maio de 2024.

G1

Em nota pública, Sindicato Médico faz alerta a profissionais e critica gestão da crise do coronavírus no estado


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Simero afirma que o sistema de saúde colapsou e que médicos precisaram escolher qual paciente teria acesso à UTI. Governo informou que assunto será tratado em entrevista coletiva realizada na quinta-feira (4). Simero critica em nota gestão da crise do coronavírus no estado
Simero/Reprodução
O Sindicato Médico de Rondônia (Simero) divulgou uma nota pública na noite desta quarta-feira (3) onde faz um alerta aos profissionais e critica a gestão estadual da crise sanitária vivida em decorrência da pandemia do novo coronavírus.
Na nota, o sindicato afirma que o sistema de saúde colapsou devido a falta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), tanto na rede pública quanto na privada, a falta de respiradores, de recursos humanos e de estrutura no sistema, e faz críticas à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
“Como sindicato, temos buscado contribuir no combate à Covid-19, com a aquisição, confecção e entrega de EPIs, projetos técnicos, vídeos educativos, alertas, trabalhos e estudos dirigidos ao referido gestor, devidamente registrados em atas e ofícios, entretanto apesar desse enorme esforço, todos foram por ele, ignorados. Perdeu-se tempo, e os responsáveis engolidos pela falta de decisões e planejamentos eficazes.”
No documento, o Simero ainda diz que a Sesau teve três meses para planejamento e ações de combate ao coronavírus, mas “o que se viu foi a necessidade do ajuizamento de diversas ações para que a SESAU apresentasse soluções e planejamentos para combater a Pandemia”.
O sindicato também orienta os médicos a como agir em casos de falta de equipamento ou estrutura para o tratamento de pacientes com a Covid-19.
“Diante do CAOS, orientamos todos os profissionais médicos que redobrem atenção, com criterioso cuidado no preenchimento dos prontuários do paciente, formulando e anexando documento formal para relato dos fatos e deficiências. Em caso da ocorrência de óbitos por falta de UTI, falta de respiradores ou por uso de respiradores inadequados, é dever do plantonista relatar tais fatos, caso a caso, descrevendo minuciosamente evolução do paciente, ausência de suporte e ou estrutura, caso ocorram”.
Devido a falta de leitos de UTI, que chegou a alcançar a lotação máxima no início desta semana na capital, o sindicato afirma que os profissionais chegaram ao ponto de precisar escolher quem teria acesso ao leito.
“Chegamos aonde JAMAIS deveríamos chegar, ao ponto de termos que escolher a quem dar acesso ao leito de TERAPIA INTENSIVA; podendo chegar à situação em que o respirador poderá determinar quem morre e quem vive. É uma difícil situação para nós médicos, pois não temos poder de decidir quem vai viver, quem vai morrer”.
A assessoria do Governo do Estado informou que vai comentar sobre a nota em uma entrevista coletiva que será realizada na próxima quinta-feira (4).
Simero critica em nota gestão da crise do coronavírus no estado
Simero/Reprodução
Simero critica em nota gestão da crise do coronavírus no estado
Reprodução

Simero critica em nota gestão da crise do coronavírus no estado
Reprodução

Simero critica em nota gestão da crise do coronavírus no estado
Reprodução

Fonte: G1 Rondônia

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