A convite do Sindicato dos Engenheiros do Estado de Rondônia – SengeRO, o deputado Jean Oliveira (PSDB), participou na manhã da quinta-feira (07), no auditório do SENAC, do I Seminário de Tecnologia do Estado de Rondônia, onde proferiu a palestra “Ações da Assembleia Legislativa de Rondônia – ALERO em Meio Ambiente e Sustentabilidade”.
O deputado na palestra fez um breve histórico do desenvolvimento social e econômico do Estado a partir da construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré e depois dos ciclos da borracha, da cassiterita, do ouro e por fim o fenômeno da construção das Usinas de Santo Antônio e Jirau analisando de como foi tratada a sustentabilidade nesses momentos.
Em quase 60 minutos de palestra o deputado falou de como foi povoado o Estado de Rondônia com a política do Governo Federal de “Integrar para não entregar” a Amazônia quando para cá vieram milhares de famílias em busca de terra para plantar e da sua sobrevivência, ocasionando o desregrado desmatamento da área, fato ocasionado pelo modelo de desenvolvimento aplicado. Sofrendo Rondônia dois impactos: populacional e ambiental.
Jean fez um histórico das medidas tomadas visando a preservação do meio ambiente e da aplicação da sustentabilidade no Estado citando o Planofloro e outras medidas com esse objetivo. Tanto que, segundo o deputado, no período de 2000 a 2004 o Estado de Rondônia era vilão nas notícias nacionais como o Estado que apresentava o maior índice de desmatamento na Amazônia. Depois da aplicação de uma politica séria de preservação no período de 2004 a 2008 teve-se um avanço elogiável quando se conseguiu barrar o desmatamento em 72% tirando o nome de Rondônia do topo da lista das unidades federativas que mais desmatava.
O deputado ressaltou que apesar de todos esses problemas enfrentado pelo Estado, “Rondônia é o 5% produtor de café do Brasil, o 2º da Região Norte em produção de cacau, é o 2º da Região Norte em produção de feijão e o 8º rebanho do País com aproximadamente 12 milhões de cabeça de gado e o 7º em produção de Leite com a produção de 800 milhões de litros de leite por ano. E cada vez mais estamos observando a preservação do meio ambiente e a sustentabilidade e vamos continuar nesse rumo”.
Jean oliveira disse que a noção de evoluir, de progredir, do que é o Progresso, lamentavelmente para alguns ainda é trocar floresta por pastagem. Então é preciso um trabalho de educação, conscientização e de fiscalização permanente, inclusive, precisa-se também, no bojo da conscientização, criar legislação adequada a nossa realidade que possa promover direitos e que cobre deveres do produtor. “Área de preservação é área de preservação e não podemos vacilar quanto a isso”, disse o deputado.
O parlamentar fez um relato dos impactos sociais e ambientais causados pela construção das Usinas do Madeira e disse que como presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembléia Legislativa está agindo no sentido de reparar no que for possível os danos ambientais e sociais causados por esses empreendimentos. “Vamos tentar minimizar o máximo os impactos ambientais e, no que for possível, minimizar também o sofrimento das comunidades atingidas”, disse Jean Oliveira.
Finalizando a palestra o deputado defendeu a implantação do Instituto da Terra para debelar as problemáticas agrárias do nosso Estado e apontou como bússola para nortear o desenvolvimento do Estado observando a sustentabilidade o Zoneamento Socio-Econômico e Ecológico - ZSEE. “Estamos lutando com a Sedam para que a adequação da 2ª aproximação do ZSEE – chamada por alguns de 3ª aproximação - saia o mais rápido possível, e a ordem do dia é a sustentabilidade que é uma obrigação de todo cidadão aplicá-la na sua vida”, disse o deputado.
