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Rondônia, sábado, 27 de abril de 2024.

Exame

Petróleo fecha em alta, com tensões no Mar Vermelho oferecendo risco à oferta


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Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira, 18, apoiados por tensões no Mar Vermelho que ameaçam limitar a oferta global da commodity, ao interromper o tráfego de navios petroleiros na região. O atrito na região também eleva os riscos geopolíticos de ampliação da guerra em Gaza, com o potencial de envolver grandes países produtores de petróleo.

Na New York Mercantile Exchange, o WTI para fevereiro fechou em alta de 1,44% (US$ 1,04), a US$ 72,82 o barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para fevereiro subiu 1 83% (US$ 1,40), a US$ 77,95 o barril.

O Mar Vermelho registrou novos ataques a embarcações nesta segunda-feira, em uma investida de autoria reivindicada pelos Houthis. O grupo armado que controla boa parte do Iêmen afirmou que suas forças garantirão a segurança de todos os navios que se dirigem a portos da região e do mundo, exceto os israelenses.

O porta-voz da ala militar da milícia, Yahya Sare’e, afirmou que as forças navais Houthis realizaram uma operação militar específica contra dois navios ligados à “entidade sionista”. O primeiro foi o petroleiro “Swan Atlantic”, de propriedade norueguesa, e o outro foi o navio “MSC Clara”, que estava transportando contêineres.

Na sequência, algumas empresas petroleiras e de transporte maritmo anunciaram a mudança de rota de navios para longe do Mar Vermelho. Foi o caso, por exemplo, do grupo de energia norueguês Equinor e da petrolífera britânica BP.

Para a analista Isabela Garcia, da StoneX, esses eventos estão por trás da valorização do petróleo nesta segunda-feira.

“Isso representa a primeira ameaça real aos fluxos da commodity desde o inicio do conflito em Gaza, em outubro. Antes, havia temores sobre o estreito de Ormuz que acabaram não se concretizando. Agora, existe essa questão envolvendo o Mar Vermelho – que, além de ter impacto no mercado físico de petróleo, também adiciona incerteza geopolítica”, comentou ela.

Fonte: Revista Exame

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