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Rondônia, terça, 07 de maio de 2024.

Exame

Com monetização da base, Nubank reverte prejuízo e lucra US$ 224,9 milhões no 2º trim.


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O Nubank (NUBR33) teve lucro líquido de US$ 224,9 milhões no segundo trimestre deste ano, acima do consenso das expectativas dos analistas medido pela Bloomberg, que esperavam lucro de US$ 145 milhões. O resultado reverteu prejuízo de US$ 29,9 milhões apurado no mesmo período do ano anterior, e ficou 58% acima dos US$ 141,8 milhões apurados no trimestre passado.

A protagonista dos números apresentados nesta terça-feira, 15, foi a monetização da base. A receita média mensal por cliente ativo (ARPAC) subiu para US$ 9,3, superando pela primeira vez a marca de US$ 9 e crescendo 18% em relação ao ano anterior em base neutra de câmbio. A quantidade de clientes gerando receita também cresceu: a base do Nubank atingiu 83,7 milhões de pessoas ao final do segundo trimestre – adição de 4,6 milhões no período. Com o saldo, o Nubank ultrapassou o Banco do Brasil em número de clientes.

“Houve o crescimento da base, e esses clientes estão utilizando mais produtos – são quase quatro produtos por clientes em média, o que leva a uma monetização maior. É um sinal de que os diferentes motores da empresa estão funcionando do jeito certo”, afirmou o CEO do Nubank, David Vélez, em entrevista à EXAME Invest.

A fintech contou ainda com a estabilização do custo médio mensal de atendimento por cliente ativo, que permaneceu inalterado em US$ 0,8. A combinação entre crescimento da base, alta da ARPAC e estabilização dos custos deu frutos na receita, que subiu 60% no segundo trimestre em comparação anual, para um recorde de US$ 1,86 bilhão.

O objetivo agora é alcançar o patamar de receita por cliente dos grandes bancos de varejo. “Clientes que já adotaram nossos três produtos principais – cartão de crédito, empréstimo pessoal e conta – estão operando com ARPAC de US$ 35 dólares. Com o amadurecimento do cliente dentro da base, vamos diminuindo a nossa diferença em relação aos bancos incumbentes, cujo ARPAC está acima de US$ 40”, completou Guilherme Lago, CFO do Nubank.

O Nubank está buscando alcançar os bancões também em rentabilidade. O retorno sobre patrimônio líquido (ROE) ajustado, ficou em 17% – crescimento de 6 pontos percentuais frente ao trimestre passado e também acima das projeções, que estimavam um ROE de 15,3%. O resultado consolidado da holding  mostrou rentabilidade acima de grandes bancos de varejo como Bradesco e Santander, que ficaram na casa dos 11%.

A fintech decidiu não abrir mais os dados separados de Brasil, México e Colômbia como vinha fazendo nos trimestres anteriores, quando o objetivo era demonstrar que o potencial de rentabilidade do país-sede poderia puxar os dos países onde a operação não está tão madura. “Não significa que tenhamos tido qualquer mudança na rentabilidade”, esclareceu o CFO.

Carteira de crédito e inadimplência

A carteira de crédito total do Nubank teve expansão de 48% na base anual, para US$ 14,8 bilhões. O cartão de crédito corresponde a 81% da carteira, enquanto os empréstimos pessoais ficam com o restante do bolo. 

A inadimplência de longo prazo, acima de 90 dias, subiu de 4,1% para 5,9% na comparação anual e avançou 0,4 ponto percentual (p.p.) frente ao último trimestre. A inadimplência de 15 a 90 dias, por sua vez, subiu de 3,7% para 4,3% em base anual. Porém, frente ao primeiro trimestre, o indicador caiu 0,1 p.p..

O CFO disse que ainda não é possível dizer que a inadimplência chegou a um pico, mas o indicador tem se estabilizado, principal na frente de empréstimos pessoais. “Então pode ser que continuemos a ver esse comportamento nos próximos trimestres”, afirmou.

A fintech anunciou no mês passado sua participação no Desenrola, programa de renegociação de dívidas do governo. A expectativa do governo era de que 1 milhão de brasileiros pudessem limpar o nome com a adesão do Nubank ao programa. 

Fonte: Revista Exame

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