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Rondônia, quarta, 15 de maio de 2024.

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Escute o que as mães têm a dizer!


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A pauta da inclusão das mulheres que são mães no mercado de trabalho tem se tornado cada vez mais latente – algumas empresas, inclusive, já oferecem o congelamento de óvulos entre os benefícios corporativos. Ainda assim, as pesquisas mostram que metade das mulheres são desligadas de suas ocupações quando retornam da licença-maternidade, ou quando termina o período de estabilidade de 5 meses pós-parto, garantido por lei.

De acordo com a consultoria Robert Half, quatro em cada dez mulheres não conseguem voltar ao trabalho após a licença. “Muitas delas se tornam empreendedoras, em busca da autonomia e flexibilidade, tão importantes e necessárias quando nos tornamos mães, especialmente se a criança tem até três anos ou precisa de cuidados extras, dependendo de suas condições físicas, mentais e emocionais”, afirma Dhafyni Mendes, pesquisadora de carreiras femininas e cofundadora do Todas Group.


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“Sou mãe de dois, um adolescente de 16 e uma menina 2. Entendo perfeitamente as mulheres que, ao serem colocadas na situação de escolherem entre sua carreira e a maternidade, não enxergam saídas possíveis. Em vez de ter que abrir mão, podemos somar e entender como podemos nos tornar melhores profissionais sendo mães e o quanto é possível sermos melhores mães, sendo excelentes profissionais. Referências são fundamentais, ver outras mães crescendo no mercado de trabalho reforça que podemos multiplicar experiências, em vez de ter que escolher”, diz Dhafyni.

A empreendedora percebe que as empresas, por melhor intencionadas que estejam, cometem erros que podem gerar inseguranças ou até mesmo culpabilizar as mulheres pela maternidade.

Quais são os 3 erros de empresas na hora de incluir mães no ambiente de trabalho?

Comunicação

Mais do que dar dicas sobre como equilibrar a vida profissional e os compromissos pessoais, é extremamente importante que as mulheres sejam ouvidas e que haja um espaço seguro para trazerem suas questões. “85% das mulheres se sentem nervosas ou receosas sobre comunicar a primeira gravidez para seus gestores. Na segunda gravidez, esse número cai para 45%; elas já passaram pela experiência e sabem das possibilidades. Garantir espaço seguro para a comunicação é uma forma de encontrar soluções inovadoras para o bem-estar das colaboradoras e performance das empresas”, afirma Dhafyni.

Planejamento

Uma pesquisa realizada pela McKinsey mostrou que as mães são o grupo que mais quer crescer no mercado de trabalho, entre as mulheres. Enquanto 75% das mães entrevistadas afirmaram que querem ser promovidas, o resultado entre mulheres, no geral, ficou em 70%. “Quero ser uma alta executiva” teve identificação de 35% das mães contra  31% entre as mulheres que não são mães. 60% das mães concordam que querem ser gestoras, enquanto o índice geral ficou em 54%. “Oferecer um planejamento para a carreira das colaboradoras pós-licença maternidade é benéfico para o desempenho corporativo e deixa as mulheres mais seguras para voltarem ao trabalho”, afirma a pesquisadora. O planejamento dos possíveis caminhos paras as mães que retornam da licença pode ser feito tendo em vista promoções, realocações, atualizações da área e projetos inovadores. “Seria interessante desenhar um novo fluxo de onboarding para o período de adaptação, dessa forma as empresas contribuem para acelerar as curvas de aprendizado e crescimento das mães que voltam para suas tarefas com motivações dobradas”, declara Dhafyni.

Flexibilidade

Pais e mães estão se adaptando à nova rotina com a chegada de mais um membro na família. Imprevistos e mudanças vão acontecer e é importante que, tanto as mulheres quanto os homens, estejam confiantes para também adaptar suas agendas, sem que isso impacte suas entregas. “Existem diversas ferramentas corporativas que podem ser usadas para manter a produtividade: acompanhamento de projetos e atividades, estabelecimento de fluxos, negociação de prazos, formação de equipes multidisciplinares, adoção da comunicação assíncrona, treinamentos, construção de uma relação de confiança com a gestão, entre outras. Uma pesquisa feita pela ONG Catalyst, com mais de 7.400 funcionários ao redor do mundo, mostrou que há 32% menos chances de mulheres com filhos deixarem seus empregos se tiverem a opção do trabalho remoto”, afirma Dhafyni Mendes.

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Fonte: Revista Exame

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