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Rondônia, sexta, 26 de abril de 2024.

Exame

Ao menos 21 pessoas são detidas por corrupção em petrolífera da Venezuela


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Pelo menos 21 pessoas, entre elas dez funcionários do governo, foram detidas na Venezuela por um esquema de corrupção dentro da estatal petrolífera PDVSA, informou, neste sábado (25), o procurador-geral do país, Tarek William Saab, que espera a prisão de outros 11 envolvidos.

“Temos dez funcionários detidos”, disse Saab ao oferecer um balanço sobre uma nova “cruzada” contra a corrupção que resultou na renúncia do ministro de Petróleo, Tareck El Aissami, um político influente do chavismo.

Os funcionários são acusados de “apropriação ou desvio de patrimônio público, tráfico de influência, lavagem de dinheiro e associação criminosa, e traição à pátria”, acrescentou.

Entre os funcionários detidos há vários colaboradores do ex-ministro, além de membros do departamento de Comércio e Abastecimento da PDVSA e da Intendência de Mineração Digital. Os outros 11 presos são empresários, um deles detido na República Dominicana quando tentava fugir.

Além disso, o Ministério Público deu instruções para a captura de outros 11 empresários.

Os funcionários realizaram “a execução de operações petroleiras paralelas” às da PDVSA através de “carregamentos de óleo em navios […] sem nenhum tipo de controle administrativo”, assinalou.

Não cumpriram “com os pagamentos correspondentes à PDVSA, e aí está o dano patrimonial”, continuou, sem revelar o montante do prejuízo, justificando que a investigação ainda está na primeira fase.

No entanto, reportagens na imprensa situam esse déficit em pelo menos 3 bilhões de dólares (pouco mais de R$ 15 bilhões, na cotação atual). Já o deputado governista Hernnam Escarrá falou que seriam até 23 bilhões de dólares (cerca de R$ 120 bilhões).

“Esta rede utilizou um conglomerado de sociedade mercantil para lavar o capital”, afirmou, ao exibir um vídeo que mostra a apreensão de aviões, edifícios em construção, dinheiro em espécie e um galpão cheio de veículos.

Na segunda-feira, o presidente Nicolás Maduro questionou que vários de seus ex-colaboradores, agora detidos, levavam uma vida cheia de “extravagâncias”.

Segundo o Ministério Público, desde 2017 foram investigados 31 “esquemas de corrupção” na PDVSA com um saldo de 194 detidos.

Fonte: Revista Exame

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