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Rondônia, sábado, 27 de abril de 2024.

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Aceleradoras de franquias: essenciais para a sobrevivência do setor


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Por Matheus Medeiros e Alberto May Filho*

De todas as áreas impactadas pela pandemia, podemos afirmar que o setor de franquias sofreu bastante, sobretudo os segmentos com unidades físicas. E os números mostram isso: a queda foi de 10,5% em 2020 e mais de 4 mil portas fechadas, de acordo com a Associação Brasileira do Franchising (ABF). Com o avanço da vacinação e a retomada das atividades comerciais, a esperança voltou a tomar espaço, mas o ritmo da retomada precisava de um empurrãozinho.

Neste cenário, as aceleradoras de franquias, já existentes, ganham fôlego. O termo, mais comum no ecossistema de startups, chegou ao franchising com a proposta de impulsionar a expansão dos negócios em território nacional e, quem sabe, mudar a realidade da escalabilidade do setor no país. Nos Estados Unidos, país responsável pelo desenvolvimento da modalidade do franchising, a média é de 200 unidades por franquia, enquanto no Brasil é de 58,5.

Mas antes de qualquer movimento rumo à conquista de capilaridade, é importante entender que transformar uma ideia em empresa e, depois, em franquia, requer cautela. Muitas coisas estão envolvidas no processo e as aceleradoras, por experiência, podem auxiliar na busca de respostas de perguntas essenciais. O modelo de negócio tem potencial de expansão? Nosso produto ou serviço resolve qual dor do consumidor? Temos um planejamento bem definido que pode ser replicado?

Mas como escolher uma boa aceleradora para um determinado modelo de negócio? E a resposta pode ser simples: precisa ser uma empresa que visa a expansão de forma dinâmica e rápida, mas não desordenada e sem objetivo.

O segredo do sucesso nesta escolha é encontrar um prestador de serviço que trata a escalabilidade de forma personalizada, respeitando a capacidade de atendimento das franqueadas. De nada vai adiantar contratar uma aceleradora se a empresa não tiver um processo de logística autossuficiente ou um departamento de implementação lento e burocrático.

A aceleradora Force, por exemplo, também considera o perfil dos investidores no processo. Além de respeitar o momento e a eficiência da empresa franqueadora, busca entender a disposição dos franqueados em potencial para fazer seu negócio dar certo, bem como sua missão e valores precisam estar alinhados à marca em que será associado.

Muitas vezes as pessoas que buscam uma franquia para investir não sabem muito bem o que querem e pode ser papel da aceleradora direcioná-la. Imagine que não faz o menor sentido oferecer um empreendimento de “porta aberta” para alguém que prefere a atuação home based, isto é, gosta de trabalhar de casa.

Outro ponto que deve influenciar na escolha da aceleradora adequada é a experiência de mercado, sobretudo, no tratamento do pós-venda. Não são poucos os casos de franqueados recebidos com o melhor treinamento pelos executivos mais atenciosos e disponíveis no momento da venda e, meses depois, não receberem o apoio adequado da franqueadora. Ter isso em mente é fundamental para evitar avaliações negativas e até a perda de franqueados parceiros. É papel da franqueadora sugerir soluções e apoiar seus investidores em momentos de crise, além de sempre estar apta a trazer inovações para o negócio.

Após um período de recessão acentuada em 2020, os dados do último levantamento da ABF mostraram que em 2021 o segmento cresceu 10,1%. Por isso, é possível aproveitar este momento de retomada para encontrar pessoas dispostas a investirem em negócios bem desenvolvidos e com planos de negócios escaláveis e rentáveis.

*Matheus Medeiros é CEO da Force Expansão e Alberto May Filho é diretor e sócio fundador da Albert’s Famous Hamburgueria, Mayday Franqueadora e BTZ Business

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Fonte: Revista Exame

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