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Rondônia, sexta, 26 de abril de 2024.

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Fundos de small caps sobem 6,6% e são o melhor investimento em abril


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Os fundos de ações small caps ficaram no topo do ranking dos melhores investimentos do mês de abril, com alta de 6,63%. O bom desempenho pode ser explicado pelo avanço gradual da vacinação contra o coronavírus e a subsequente expectativa de melhora do cenário econômico, juntamente com uma demanda reprimida que começa a ser liberada.

Vale lembrar que, em geral, as ações small caps são aquelas de empresas voltadas ao cenário doméstico. No mês de abril, o índice  Small Caps fechou em alta de 4,37%. Um desempenho superior ao Ibovespa, que terminou o mês com alta de 2%. 

Já entre os piores investimentos na renda varáivel durante o mês ficaram os fundos cambiais, que se desvalorizaram 3,04% no período. O mau desempenho se deveu justamente ao comportamento do dólar, que fechou em queda de 3,53%. Trata-se da primeira queda no ano da moeda americana. A desvalorização foi a mais forte desde novembro do ano passado (-6,82%) e, considerando apenas os meses de abril, a mais acentuada desde 2016 (-4,34%) 

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Na análise dos investimentos na renda fixa, os títulos do Tesouro Prefixado com vencimento para 2026 foram o destaque positivo. Em abril, a rentabilidade acumulada foi 1,86%. O rendimento ficou bem acima da referência da categoria, o CDI, que registrou variação de 0,21%.

Segundo Alan Ghani, head de renda fixa da EXAME Invest Pro, o bom desempenho desses títulos durante o mês que acaba foi reflexo da diminuição do prêmio de risco graças à aprovação do Orçamento.

“A taxa de expectativa futura deste papel estava precificada com a alta da Selic e o prêmio de risco. Com o Orçamento aprovado, a taxa diminuiu. Ele performou bem por causa da diminuição do prêmio de risco.”

Entre os piores investimentos na renda fixa esteve o Tesouro IPCA+ 2045, com queda de 1,17%, segundo dados do Tesouro Direto. Os papéis do Tesouro são impactados pela evolução e as expectativas da taxa Selic.

Na próxima semana, nos dias 4 e 5 de maio, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne para definir a nova taxa básica de juros. A expectativa do mercado é que a Selic suba dos atuais 2,75% ao ano para 3,50% ao ano. Se isso acontecer, os títulos públicos serão remarcados a mercado, o que pode gerar uma desvalorização dos títulos das carteiras e dos fundos que investem nessas aplicações. 

Veja abaixo o ranking da renda fixa e da renda variável no mês de abril:

Renda fixa

Investimento Desempenho em abril (em %) Desempenho em 12  meses (em %)
Tesouro prefixado 2026 1,83 0,95
Tesouro prefixado 2025 1,7 1,13
Tesouro IPCA+ 2024 1,69 9,85
Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2035 1,55 2,04
Fundos de renda fixa – duração alta – grau de investimento 0,71 13,03
Fundos de renda fixa – duração baixa – grau de investimento 0,12 0,46
Tesouro IPCA+ 2035 0,12 11,31
Poupança 0,1 1,47
Tesouro Selic 2025 -0,2 1,01
Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2045 -0,55 9,99
Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2050 -1,01 8,51
Tesouro IPCA+ 2045 -1,17 15,07

Referência

Índice Desempenho em março (em %) Desempenho em 12 meses (em %)
CDI 0,21 2,44

*A rentabilidade dos fundos vai até o dia 29 de abril dado mais atual disponível na Anbima.
*O desempenho mensal dos títulos e da poupança se refere aos últimos 30 dias até a data de fechamento.

Renda variável

Investimento Desempenho em abril (em %) Desempenho em 12 meses (em %)
Fundo de ações small caps 6,63 6,89
Fundo de ações setoriais 6,56 14,02
Fundo de ações investimento no exterior 4,76 7,47
Fundo de ações índice ativo 4,46 1,65
Fundo de ações valor/crescimento 4,42 1,32
Fundos de ações livre 4,19 3,95
Fundo de ações de dividendos 3,41 0,39
Multimercado livre 0,96 1,5
Multimercados macro 0,78 1,27
Multimercado investimento no exterior 0,16 2,64
Fundos cambiais -3,04 5,36

*A rentabilidade dos fundos vai até o dia 29 de abril, dado mais atual disponível na Anbima.

Referência

Índice Desempenho em abril (em %) Desempenho em 12 meses (em %)
Ibovespa 1,99% 47,76%

O que ponderar ao investir

Para todos os investimentos, a orientação é sempre lembrar que a rentabilidade passada não significa garantia de rendimento futuro. Também é importante mencionar que o ranking de investimentos considera a rentabilidade bruta das aplicações, sem descontar o Imposto de Renda (IR).

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Nas aplicações em fundos de ações, há IR de 15%. Nos fundos de curto prazo, a alíquota é de 22,50% para resgates em até 180 dias e de 20% para resgates depois de 180 dias. Nas demais categorias de fundos (longo prazo), a tributação segue tabela regressiva, em que a alíquota varia entre 15% e 22,5%, conforme o prazo de vencimento.

Os títulos públicos também são tributados pela tabela regressiva de IR. A poupança não tem cobrança de IR.

Fonte: Revista Exame

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