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Rondônia, sábado, 27 de abril de 2024.

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Loggi recebe aporte de R$ 1,15 bilhão para acelerar expansão nacional


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Depois de um ano de 390% de crescimento nos negócios, a empresa de logística Loggi anuncia neste domingo, 28, ter recebido um aporte de 1,15 bilhão de reais (212 milhões de dólares) em sua rodada de captação série F. O investimento foi liderado pela CapSur Capital e teve a participação do Fundo Verde e de vários investidores anteriores da empresa, como Monashees, Softbank, GGV, Microsoft e Sunley House.

Fundada em 2013 pelo francês Fabien Mendez e pelo brasileiro Arthur Debert, a Loggi se tornou uma startup unicórnio construindo uma malha logística que vai desde pequenas entregas locais até envios de pacotes por todo o país.

“A Loggi tem um dos melhores times de tecnologia do Brasil, o que leva a uma redução constante no tempo de entrega e melhoria na qualidade percebida pelo consumidor. A tecnologia permite ainda que o crescimento da empresa seja superior ao do e-commerce, democratizando o acesso à logística”, diz Marcel Arins, sócio da CapSur Capital.

Para a Loggi, o novo investimento é uma forma de acelerar o crescimento em um momento muito promissor para o negócio. Desde março do ano passado, quando a pandemia provocou um boom no e-commerce brasileiro, o volume de pedidos processados pela companhia deu um salto sem precedentes, forçando a empresa a pausar sua expansão geográfica para poder dar conta de atender à demanda. Só em 2020, 150 milhões de reais foram investidos na abertura de seis novos centros de distribuição.

Investimento em infraestrutura

Segundo o diretor financeiro Thibaud Lecuyer, a estratégia para a rodada foi inspirada na experiência das grandes empresas de logística da Ásia durante a epidemia de Sars no começo dos anos 2000, que também favoreceu o e-commerce. “As companhias de entregas que investiram em tecnologia e automação tiveram, no longo prazo, desempenho superior ao das concorrentes e entraram em um círculo virtuoso”, diz Lecuyer.

Por isso, pelo menos um quarto do capital da série F será investido na contratação de profissionais experientes que ajudem a companhia a desenvolver e aprimorar seus produtos digitais. “Com a nossa tecnologia, qualquer pessoa ou empresa vai poder mandar seus pacotes para todo o Brasil com baixo custo”, diz Fabien Mendez, cofundador e presidente da Loggi.

Outros 50% do aporte serão aplicados na infraestrutura de logística. De acordo com Lecuyer, não adianta investir em capilaridade pelo país sem garantir um bom funcionamento do coração do negócio — os centros de distribuição. Ao longo do ano, a meta é abrir pelo menos mais sete novos cross-dockings, onde as encomendas recebidas dos remetentes são colocadas no caminho dos destinatários.

Thibaud Lecuyer, diretor financeiro da LoggiLoggi/Divulgação

O capital permitirá também que a empresa, enquanto reforça sua estrutura, retome o sonho de chegar aos quatro cantos do país, atendendo a quase todos os brasileiros. “Começamos 2020 com 43% da população coberta e terminamos o ano com 54%. Este ano, queremos chegar perto dos 100%. Só nos dois primeiros meses, já adicionamos 5%, a máquina está a todo vapor”, diz o diretor financeiro.

Além das agências próprias, a Loggi desenvolve desde 2019 parcerias com pequenas empresas para chegar a novas cidades. Esses parceiros, chamados de Leves, conhecem bem a região em que atuam e conseguem fazer os pedidos chegarem mais rapidamente até seu destinatário final. É nessa estrutura mista, de agências e Leves, em que a companhia aposta para terminar o ano atuando em mais de 3.000 cidades — o triplo do que tem hoje.

Se a Loggi conseguir chegar a 100% dos brasileiros até dezembro, o ano de 2022 será reservado para a empresa aprofundar sua penetração no mercado. “Vamos investir em automação para reduzir os custos e o tempo de entrega. Com isso poderemos atender melhor os pequenos e médios lojistas do país”, afirma Lecuyer.

Diante das projeções positivas de crescimento do e-commerce para os próximos anos, o principal ponto de atenção da companhia hoje é com os 2.000 funcionários e 50.000 parceiros. “Nosso futuro depende da capacidade de execução do nosso time”, diz o diretor financeiro. Capital, por enquanto, não é uma preocupação. 

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Fonte: Revista Exame

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