Manobra para garantir diretor na presidência da AROM é definida na cadeia por Lebrinha

Em prisão domiciliar, após amargar vários meses em uma unidade prisional após ter sido presa em flagrante com propina de empresa ligada a coleta de lixo, a ex-prefeita de São Francisco do Guaporé, Gislaine Clemente, a Lebrinha, continua dando as cartas na Associação Rondoniense de Municípios (AROM), onde legalmente ela ainda é presidente, embora afastada do cargo. Da cadeia, ela arquitetou um plano junto com seu diretor-executivo Rogério André Fernandes para continuar mandando na entidade que congrega os 52 prefeitos de Rondônia e alimentar os esquemas de fornecedores.
Rogér, dono da empresa Roger Andre Fernandes & Cia Ltda, que cuida de soluções na web, realizou uma consulta no período eleitoral, aproveitando que os prefeitos estavam disputando cargos eletivos, e garantiu a presidência para si, sem ao menos ter concorrido a única eleição. Hoje, o presidente da entidade criada em 1993 para “contribuir com a solução dos problemas comuns aos municípios rondonieses” é um burocrata do serviço público e não um prefeito eleito pelas urnas. O caso gerou revolta entre os representantes dos municípios e deve gerar denúncias ao Ministério Público, já que Roger aluga prédios com valores que ultrapassam a casa dos R$ 35 mil.
Lebrinha ainda quis mandar na AROM, mas foi impedida pela Polícia Federal. No mês de dezembro, ela tentou através de sua defesa participar de uma reunião por videoconferência da AROM, mas foi proibida pela PF. Como não pode mais ir a entidade, decidiu colocar Rogér no comando.