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Rondônia, sexta, 26 de abril de 2024.

G1

Retrospectiva: Veja os nove meses da Covid-19 em Rondônia


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Estado completou nove meses na pandemia com mais de 89 mil casos e quase 1,7 mil mortes. Levantamento foi realizado pelo G1 com dados disponibilizados pela Secretaria de Estado da Saúde. Covid-19 em Rondônia
Thais Nauara/G1

No último dia 20 de dezembro Rondônia completou o nono mês na pandemia da Covid-19. O primeiro caso da doença foi diagnosticado e reconhecido pelo Estado no dia 20 de março em Ji-Paraná (RO). A partir desse dia, em um período de nove meses, cerca de 90 mil casos foram detectados nos 52 municípios e quase 1,7 mil pessoas morreram em decorrência do vírus.

Nesta terça-feira (29) os números chegaram a 94.354 casos e 1.785 óbitos.

O G1 realizou um levantamento com base nos dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) do panorama da Covid no estado nesse período.

Os casos

No dia 20 de dezembro, Rondônia alcançou 89.047 casos de Covid-19, sendo 41.324 em Porto Velho. Os cinco municípios com mais casos registrados no estado, que também são os cinco maiores em número de habitantes, representavam ao final do 9º mês 68,4% do total de casos:

Porto Velho – 41.324 (46,4%)
Ariquemes – 7.135 (8%)
Ji-Paraná – 4.455 (5%)
Vilhena – 4.420 (4,9%)
Cacoal – 3.568 (4%)

O quinto mês, que encerrou dia 20 de agosto, foi o que mais teve registros de novos casos, chegando a 20.346. Após o pico, o número de registros apresentou queda, chegando a 6.469 no 7º mês, que encerrou dia 20 de outubro, e voltou a subir em seguida.

As mortes

De 20 de março a 20 de dezembro o estado também contabilizou 1.698 mortes pela doença. Dessas, 891 foram na capital, o equivalente a 52,8% do total. O quinto mês desde o início dos casos também marcou o período com o maior número de mortes, 335.

Recuperados e ativos

Até o dia 20 deste mês ainda foram registrados 77.186 pacientes que haviam sido diagnosticados com a Covid-19 e se recuperaram da doença.

Ainda assim, quando se trata de casos ativos – pessoas que ainda estão no período de transmissão do vírus – nesse dia eram registradas 10.163 infectados.
Na época, Novo Horizonte do Oeste, Pimenteiras do Oeste e Costa Marques não apresentavam casos ativos, enquanto Ministro Andreazza, Cacaulândia, Theobroma, Rio Crespo e Seringueiras tinham apenas um caso ativo, cada.

Evolução das semanas

No comparativo entre as semanas, a do dia 24 de julho foi a que registrou o maior número de casos com 5.756 diagnósticos, o equivalente a pouco mais de 822 novos pacientes por dia, e também o maior número de mortes, 115.
Após esse pico, os números começaram a cair, tendo na semana do dia 9 de outubro o menor registro de casos (1.006), e a do dia 23 do mesmo mês o menor número de mortes (10) para logo em seguida voltar a subir. Na semana do Natal, o estado registrou 3.971 novos pacientes e 45 óbitos.
Já quanto ao número de casos ativos, a última semana foi a que registrou o terceiro maior, com 11.130 pacientes no período de transmissão da doença. Confira os gráficos abaixo:

Os hospitais

Diversos novos leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) foram inaugurados pelo estado para atender pacientes com a Covid-19. Atualmente, 515 leitos estão disponibilizadas para pacientes com o novo coronavírus, entre clínicos, de UTI, adulto e infantil.
Os leitos de UTI para adultos são 230, os mais requisitados. Nesta terça-feira (29), 70,6% deles estão sendo utilizados.
O Hospital Municipal Sandoval de Araújo Dantas em Jaru, o Hospital Cândido Rondon em Ji-Paraná, o Cemetron e o Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro em Porto Velho não tem vagas disponíveis. O Hospital Regional de Cacoal e o Centro de Afecções Respiratórias em Ariquemes têm apenas um leito, cada.
Quando se trata de leitos clínicos adultos a situação é um pouco melhor, estando apenas o Hospital Urgência e Emergência de Cacoal e o Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro em Porto Velho sem vagas.

Vítimas da Covid

Das quase 1,8 mil vítimas da Covid-19 até esta segunda-feira (29), 59,9% eram homens, 24,5% tinham idades entre 70 e 79 anos, 22 eram indígenas, 25 trabalhavam na área da saúde, e oito faziam parte das forças de segurança.
As comorbidades mais comuns entre as vítimas da doença são: cardíaca (398), diabetes (333), respiratória (139), imunossupressão (95), renal (76) e cromossômica (32).

Decretos e o que mudou no comércio

No dia 16 de março, antes do registro do primeiro de Covid-19, o Governo do Estado declarou situação de emergência. Foram suspensas atividades que envolvessem aglomerações, como: reuniões com mais de 100 pessoas, cinema e teatro, atividades físicas em locais fechados e as aulas da rede pública e privada.
No dia 20 de março foi decretado estado de calamidade pública. Foi proibido a utilização de mototáxis, de aerovias estaduais, realização de eventos com mais de cinco pessoas, e abertura de cinemas, teatros, bares, clubes, academias, banhos/balneários, boates, restaurantes, lanchonetes e estabelecimentos congêneres, assim como atividades e serviços privados não essenciais.
No dia 23 de março um decreto acrescentava a limitação de 40% da área de circulação interna de clientes nos estabelecimentos comerciais com funcionamento permitido, assim como o distanciamento de dois metros entre as pessoas. Hotéis e hospedarias também precisaram começar a servir as refeições dos hóspedes nos quartos.
No dia 5 de abril foi definida a contratação de médicos de forma emergencial, e foram proibidas visitas em hospitais, asilos, unidades penais e orfanatos. No dia 6 foram definidas restrições para o transporte por aplicativo, táxis e transporte coletivo.
Em 14 de maio foi instituído o sistema de Distanciamento Social Controlado para fins de prevenção e de enfrentamento à epidemia. Foram definidas quatro fases de distanciamento social, duas macrorregiões no estado e as normas para a classificação em cada uma das fases e e para funcionamento do comércio.
Em 16 de julho, igrejas e os templos de qualquer culto foram definidas como atividades essenciais, sendo vedada a determinação de fechamento desses locais.
No dia 25 de novembro as aulas presenciais foram liberadas na rede privada, em municípios classificados na fase 3, com medidas como ocupação máxima de 50% do ambiente e distanciamento entre os alunos.
No dia 3 de dezembro foi definido que bares e conveniências não podem exceder a capacidade em 50% e que não podem funcionar após 23h. Eventos só podem ser realizados com no máximo 50% da capacidade do ambiente e não podendo ultrapassar 100 pessoas. Casas de shows e boates foram novamente proibidos de funcionar, e também foram vedadas interações dançantes em quaisquer estabelecimentos.
Em nove meses foram publicados cerca de 20 decretos com normas e atualizações em decorrência da pandemia, além de diversas portarias e editais para contratação emergencial de profissionais. Atualmente, as normas do decreto 25.605 do dia 3 de dezembro está em vigor.

Fonte: G1 Rondônia

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