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Rondônia, sábado, 27 de abril de 2024.

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Governo lança Ninguém Fica Para Trás, após abandonar Brasil Não Pode Parar


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Após ter sido proibido judicialmente de realizar campanhas publicitárias contra medidas de isolamento durante a pandemia do coronavírus, o governo federal adotou um novo slogan: “Ninguém Fica Para Trás“, baseado em uma fala recente do presidente Jair Bolsonaro.

Na semana passada, uma campanha com o mote “O Brasil Não Pode Parar” foi barrada na Justiça e teve publicações apagadas.

A conta da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da Secom no Twitter já fez três publicações com o novo slogan. “NINGUÉM FICA PARA TRÁS! Essa frase, muito usada para expressar a honra e a fidelidade entre militares, tem sido o ponto de partida dos trabalhos do Governo Federal. A determinação do presidente @jairbolsonaro, desde o início, é de que NENHUM BRASILEIRO SERÁ DEIXADO PARA TRÁS”, diz um texto, publicado na noite de quarta-feira.

Na quinta-feira, outro texto foi usado com o mesmo mote, agora em forma de hashtag: “Desde o início, todos os esforços para repatriar brasileiros mundo afora. R$ 750 bilhões já foram mobilizados pelo Governo Federal para combater a pandemia e suas consequências sanitárias, sociais e econômicas. #NinguémFicaPraTrás!”.

No mesmo dia, a hashtag também foi utilizada para divulgar um vídeo do ministro da Economia, Paulo Guedes. Nesta quinta, voltou a ser usada novamente, para divulgar uma declaração de Bolsonaro, junto a outro slogan semelhante: #NenhumBrasileiroFicaPraTrás.

Na semana passada, a Secom realizou ao menos duas postagens, no Twitter e no Instagram, com o slogan “O Brasil Não Pode Parar”. As publicações, contudo, foram apagadas posteriormente. Um vídeo com a mesma mensagem também chegou a ser produzido, mas não foi divulgado oficialmente.

No sábado, a Justiça Federal do Rio de Janeiro proibiu a União de divulgar a campanha publicitária com o slogan. Depois, na terça-feira, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu que o governo federal contratasse qualquer campanha contra medidas de isolamento.

A Secom alegou que o vídeo foi “produzido em caráter experimental, portanto, a custo zero e sem avaliação e aprovação da Secom”. Também negou a existência de “qualquer campanha publicitária ou peça oficial” do órgão intitulada “O Brasil Não Pode Parar”, mas não comentou as publicações apagadas.

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Fonte: Revista Exame

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