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Rondônia, sexta, 26 de abril de 2024.

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Após 366 mortes, Itália isola 16 milhões de habitantes


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Em apenas 24 horas, o número de mortos pelo novo coronavírus na Itália aumentou 57%, chegando a 366. O total de infectados saltou para 7.375. O avanço da doença obrigou o governo italiano a decretar quarentena obrigatória na região da Lombardia e em 14 províncias do norte. A ordem atinge cidades como Milão, capital nanceira do país, e Veneza e envolve 16 milhões de pessoas – cerca de um quarto da população italiana. O Itamaraty estima que entre 70 mil e 90 mil brasileiros vivam na área isolada. O bloqueio, previsto para durar até 3 de abril, é a medida mais drástica desde a restrição de acesso na região chinesa de Wuhan, onde foi registrada a explosão no contágio da doença em janeiro. Além do isolamento, o governo italiano determinou o fechamento de escolas, ginásios, museus, cinemas, piscinas e clubes noturnos, entre outros espaços públicos da região.

A Itália decretou ontem quarentena obrigatória na região da Lombardia e em 14 províncias do norte por causa do novo coronavírus. A medida atinge cidades como Milão, capital nanceira do país, e Veneza e cerca de 16 milhões de pessoas – cerca de um quarto da população local. O Itamaraty estima que entre 70 mil e 90 mil brasileiros vivam na área isolada.

O bloqueio, previsto para durar até 3 de abril, é a medida mais drástica desde a restrição de acesso na região chinesa de Wuhan, onde foram registrados os primeiros casos da doença. Em apenas 24 horas, o número de mortos pelo coronavírus aumentou 57% na Itália, chegando a 366. O total de infectados saltou para 7.375, o que faz o país ser o segundo com mais registros, atrás apenas da China. Com a quarentena, as pessoas só poderão entrar ou sair da região se provarem motivos de trabalho ou de saúde. Além do isolamento, o governo italiano determinou o fechamento de escolas, ginásios, museus, cinemas, piscinas e clubes noturnos, entre outros espaços públicos da região. Restaurantes e bares poderão funcionar de 6 horas da manhã às 6 horas da tarde e apenas se garantirem distância de pelo menos um metro entre os clientes. Jogos de futebol foram disputados com portas fechadas e já há pressão para suspender o campeonato. O primeiro-ministro, Giuseppe Conte, chamou as medidas de “rigorosas”, mas necessárias para conter o surto e aliviar a pressão sobre a rede de saúde. Autoridades da Lombardia já haviam falado de hospitais à beira do colapso.

A companhia Alitalia anunciou suspensão de voos ao exterior de Malpensa, principal aeroporto internacional da região. Como a lei começou no domingo, havia confusão sobre como afeta a indústria e a cadeia de abastecimento.
Veneza, que recebe milhões de turistas por ano, estava irreconhecível, com pouca gente na rua. “É triste”, disse a guia turística Rosanna Giannotti, de 73 anos. “Já tivemos outros problemas. Mas essa parece a maior crise que eu já vi.”

Brasileiros

Morador de Milão, o arquiteto Gustavo Minosso, de 39 anos, diz ter mais receio sobre o impacto da quarentena na economia do que medo de ser infectado pela doença. “Tem um clima de pânico em parte da população. Hoje (ontem) invadiram os supermercados mais uma vez”, contou ele, que vive há 13 anos na cidade.
“Se a situação continuar assim por muito tempo vai ser trágica para a economia.”
Ontem, ao dar uma volta por Milão, ele viu ruas desertas. Apesar da restrição, Minosso disse saber de movimentação para fora da cidade. “Muita gente de outras regiões está indo embora com medo de car bloqueada aqui.

Apesar da decisão do governo, as pessoas estão conseguindo sair, porque as autoridades ainda estão organizando com vão fechar as fronteiras.” Ontem, durante o dia, ainda não havia orientação especial para a área de fronteira entre Itália e Suíça, segundo a mídia local. No primeiro dia, a sinalização é de que a imposição de medidas não seria tão drástica quanto na China, onde havia

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