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Rondônia, sexta, 19 de abril de 2024.

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Em desespero, parturiente internada no Hospital de Base envia pedido de socorro a vizinhos antes de vir a óbito


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Um relato de desumanidade e descaso com uma paciente em trabalho de parto, internada no Hospital de Base Ary Pinheiro, que veio a óbito, foi denunciado por vizinhos que acompanharam todo o drama e receberam vários áudios e fotos enviados de dentro do hospital com pedidos de socorro. Ela denunciava que iria morrer, pois os médicos se recusavam a fazer a cesariana que o seu caso requeria.

Na tarde desta quarta-feira (31) duas vizinhas que acompanharam todo o drama e ainda tentaram intervir para salvar a parturiente registraram a Ocorrência Policial nº 136037/2019, relatando como natureza: “outros crimes resultantes em morte (Consumado) relevância criminal. Data do fato 30/07/2019, como vítima Luciene Gomes, autor do fato Hospital de Base Ary Pinheiro”.

No histórico da ocorrência está registrado que: “Narra a senhora M. M. N. R. que no dia 28/07/2019, por volta das 20:00 horas, acompanhou sua vizinha Luciene Gomes até a maternidade municipal, pois a mesma já se encontrava em trabalho de parto, que da maternidade a mesma foi conduzida em uma ambulância do SAMU para o centro obstétrico do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, que ao chegar no Hospital de Base, à senhora Luciene Gomes recebeu atendimento médico e por determinação médica a mesma seria liberada para voltar para sua residência”.

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Na continuação  da Ocorrência conta que “porém por insistência da senhora M. M. e da senhora M. I. que avisaram que não podia ser parto normal, pois a senhora Luciene Gomes já tinha problemas desde o seu primeiro parto e tinha que ser submetida a um procedimento de cesariana, que os médicos não deram o devido atendimento a parturiente tendo a mesma vindo a óbito, que tanto a senhora M. M. quanto a senhora M. I. imploraram para que fosse dado um melhor atendimento a senhora Luciene Gomes, pois a mesma estava sofrendo muito, mas acreditam que os médicos negligenciaram no atendimento à senhora Luciene gomes, tanto que a mesma veio a óbito”.

A revolta e indignação da família e de vizinhos são grandes, pois entende que a morte da parturiente foi uma clara negligência médica, uma omissão de socorro dentro do Hospital de Base. Causou estranheza a atitude dos médicos, pois a paciente já tinha sido transferida da Maternidade Municipal para o Hospital de Base, certamente porque o caso dela era de maior gravidade e urgência, todavia a equipe médica se recusou a fazer a cesariana, o que teria causado a morte da mulher em trabalho de parto.

Além de fotos dela e de documentos, a paciente enviou de dentro do hospital vários áudios, como os cinco a seguir, em degravação livre, nos quais em desespero ela pedia ajuda pelo aplicativo Whatsapp às vizinhas, pois ela tinha certeza que os médicos iriam deixa-la morrer, sem fazer a cesariana. Num deles ela disse: “Ah não, vai lá me salvar pelo amor de Deus”. Em outro: “Não dá certo eu fugir daqui não vou conseguir”. E num terceiro áudio: “Eles conseguiram me colocar aqui dentro para me matar” e em outro “Avisaram até lá portaria pra ninguém entrar” e no quinto “Vizinha ela fazer a denúncia logo porque já tô ficando roxa a minha mão e tô me tremendo todinha já”.

OCORRÊNCIA POLICIAL

 

DOCUMENTAÇÃO DO HOSPITAL COM ANOTAÇÕES:

Assessoria.

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