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Rondônia, sábado, 18 de maio de 2024.

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Como a tarifa zero em São Paulo ajudou a baixar índice de inflação do país


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Os dados do IPCA-15 divulgados nesta sexta, 26, mostram que a categoria Transportes teve queda de 1,13% em janeiro de 2024. Essa baixa tem, entre as principais razões, a queda no valor das passagens aéreas e a adoção de tarifa zero na cidade de São Paulo.

A medida, adotada a partir de 17 de dezembro, zerou o custo das viagens nos ônibus da cidade aos domingos e em alguns feriados, como Natal e Ano-Novo. Com isso, a tarifa teve queda de 21,88%, aponta o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).


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O IPCA-15 é um dos indicadores oficiais da inflação no país. Ele faz um recorte temporal diferente: da metade um mês à metade de outro, enquanto o IPCA considera os meses por inteiro. Assim, a edição divulgada nesta sexta considera a variação de preços de 15 de dezembro a 15 de janeiro.

A categoria Transportes corresponde por 20,9% do total do IPCA. Assim, a queda de 1,13% representou um impacto de -0,24% no índice geral, que ficou em 0,31%.

Alexandre Lothmann, economista-chefe da Constância Investimentos. explica que o IPCA tem um cálculo pro-rata, que considera de forma proporcional o custo em cada dia ao longo do período analisado. Assim, mesmo a gratuidade valendo apenas aos domingos, há impacto no indicador geral.

“Se mais cidades adotassem tarifa zero, o impacto na inflação seria significativo, mas o problema é se tem recurso, dinheiro público para custear isso”, diz Lothmann.

Ele aponta ainda que o efeito na inflação seria limitado ao mês em que as tarifas fossem reduzidas, sem se estender aos meses seguintes.

A isenção de tarifa em São Paulo não teve impacto maior no IPCA-15 porque houve alta nos preços do transporte público nos trens e metrô paulistanos, de 6,36% (de R$ 4,40 para R$ 5) e elevação de 16,67% nos ônibus em Belo Horizonte (de R$ 4,50 para R$ 5,25 no grupo 1).

As passagens aéreas, cuja alta pressionou a inflação ao longo de 2023, tiveram queda de 15,24%. Houve também queda nos gastos com combustíveis, com redução de 2,23% no etanol e 1,72% no óleo diesel.

 

Fonte: Revista Exame

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