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Rondônia, sábado, 18 de maio de 2024.

Jurídicas

Vivências, aprendizados e crescimento institucional são celebrados aos 10 anos do projeto “MP Para Todos: Iguais na Diferença”


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“Como as aves, pessoas são diferentes em seus voos, mas iguais no direito de voar.” Com a frase da poetisa Judite Hertal, o Ministério Público de Rondônia celebrou nesta sexta-feira (22/9), em solenidade realizada no auditório do órgão, em Porto Velho, o aniversário de 10 anos do “Projeto MP para Todos: Iguais na Diferença”, um programa de estágio voltado para alunos com deficiência intelectual, que, para além de inclusão dos jovens atendidos, vem promovendo aprendizado e crescimento de membros, servidores e da própria Instituição.
A iniciativa, realizada em parceria com a Associação Pestalozzi, atendeu 13 estudantes na Capital e em Ji-Paraná, desde setembro de 2013, quando foi lançada. O projeto consiste na inserção nos quadros administrativos do MP de alunos matriculados na entidade para a realização supervisionada de atividades funcionais, proporcionando uma experiência educativa profissional ao público atendido. A vivência fomenta o potencial humano dos estagiários, preparando-os para o mercado de trabalho, resultando, também, em uma profunda transformação no ambiente organizacional, que se torna mais diverso e sensível.
Durante a solenidade que celebrou o decênio do programa, o Procurador-Geral de Justiça, Ivanildo de Oliveira, ressaltou os ganhos mútuos que a experiência tem gerado ao MP rondoniense. Na ocasião, empenhou apoio de sua gestão ao trabalho, do qual, disse prever, as administrações futuras jamais se afastarão, em razão dos valores disseminados pela iniciativa. “Tenho certeza de que é o Ministério Público o maior beneficiado pelo projeto. Estão todos de parabéns: MP, Pestalozzi, servidores tutores e, em especial, os jovens atendidos”.
Responsável pela implementação da iniciativa há 10 anos, quando à frente da Procuradoria-Geral de Justiça, o Procurador de Justiça Héverton Alves de Aguiar, afirmou que a ideia tem como elemento principal o respeito, princípio motor de toda uma cadeia de esforços e vontades para que a adaptação e aproveitamento dos alunos fossem possíveis. “O projeto é uma forma amorosa de o MP dar cumprimento à sua missão constitucional de inclusão. É bom tê-los aqui. Vocês são muito importantes”, declarou aos estagiários.
Também presentes ao ato, os Promotores de Justiça Éverton Antônio Pini, que atuou na implantação da inciativa, e Dandy de Jesus Leite Borges, Secretário-Geral do MPRO, enfatizaram o caráter agregador e enriquecedor da experiência para o Ministério Público de Rondônia.
A presidente da Pestalozzi, Margarida de Paula Rocha, mencionou a confluência de esforços para a realização do projeto, agradecendo à equipe da entidade e ao MP. “A limitação é o preconceito da sociedade”, disse, ao afirmar que cada aluno tem um potencial, uma contribuição a dar como cidadão e integrante da comunidade.
Público atendido – O Projeto “MP para Todos: Iguais na Diferença” teve as atividades coordenadas pela equipe técnica do Ministério Público de Rondônia, formada pelas servidoras Amanda Bruno e Daniela Bentes, ambas psicólogas, e Alice Gonçala, assistente social, que estiveram presentes à cerimônia, oportunidade em que destacaram o pioneirismo do trabalho, a superação dos desafios e o sucesso no alcance dos objetivos.
O senso de realização e satisfação gerados por fazer parte da iniciativa foram atestados pelos estagiários. Pedro Henrique Busiao, ex-aluno do projeto, afirmou que a passagem pelo MP deu a ele experiência no atendimento de pessoas e confiança para seguir em frente. Atualmente, inserida no mercado de trabalho, Nataniele Queiroz também pontuou os ganhos pessoais com a vivência no Ministério Público. “Estou empregada há seis anos, com carteira de trabalho assinada. O MP foi muito importante pra mim”, afirmou.
Servidora tutora, a chefe do Departamento de Gestão Processual e Controle de Informações, Aline Poltronieri, falou da importante contribuição dos jovens à Instituição, ilustrando uma das situações vividas ao longo de 10 anos. “É uma experiência muito rica. Tivemos um estagiário que, embora não soubesse ler, desenvolveu a habilidade de memorizar letras e números para distribuir processos. Foi um excelente colaborador”.

A cerimônia, que contou com apresentações e performances artísticas, foi encerrada com a entrega de certificados aos envolvidos no projeto.

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