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Rondônia, sábado, 01 de junho de 2024.

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Entenda como insegurança alimentar acelerou aval a transgênicos


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Órgãos reguladores em todo o mundo estão se tornando mais flexíveis com o plantio de culturas resistentes à seca na medida em que a pandemia e a guerra na Ucrânia aumentam temores de insegurança alimentar global, fazendo com que essas instituições superem o receio sobre o consumo de grãos geneticamente modificados.

Essa é a visão de Frederico Trucco, CEO da Bioceres Crop Solutions, empresa de biotecnologia que busca autorização para vender e cultivar trigo transgênico em vários países.


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Até agora, apenas a Argentina, país de origem da empresa, deu aprovação para plantar sua variedade de trigo geneticamente modificada, chamada HB4. Mas a Bioceres está “relativamente perto” de obter uma liberação do Brasil, superpotência agrícola, e também espera a aprovação dos EUA ainda este ano, disse Trucco em entrevista na quinta-feira.

A Bioceres está promovendo a tecnologia entre os agricultores que sofrem com o clima mais severo. Contudo, o produto também está sendo impulsionado pela fragilização de linhas de produção alimentícias em razão da pandemia de Covid-19 e da invasão russa à Ucrânia, que estimularam um maior interesse pela segurança alimentar. Isso ajudou a acelerar o processo de aprovação de transgênicos, segundo ele.

“Nós vemos uma aceleração em termos de reação dos reguladores”, disse Trucco na sede da Bloomberg em Nova York.

Milho e soja geneticamente modificados são amplamente utilizados na fabricação de alimentos e de ração, mas, historicamente, há mais resistência para cepas modificadas de trigo e arroz, já que seriam destinados ao consumo humano com menos processamento. Agora, os consumidores estão se tornando menos sensíveis a certos tipos de transgênicos.

“As pessoas podem discernir a diferença entre tecnologias que incluem químicas sintéticas versus tecnologias que apenas preservam os recursos ambientais”, disse Trucco.

No Brasil, a empresa está trabalhando para desenvolver variedades próprias para o Cerrado, que poderiam melhorar os rendimentos em áreas onde o trigo não é usualmente produzido. A tecnologia também seria aplicável à África.

Fonte: Revista Exame

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