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Rondônia, quarta, 24 de abril de 2024.

Exame

Novos investidores estão cada vez mais conscientes


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Investir é algo cada vez mais presente no comportamento dos brasileiros. Embora ainda estejamos muito atrás de outros países, como dos Estados Unidos, por exemplo, onde metade da população possui investimentos em bolsa, o número de brasileiros na B3 (bolsa, brasil, balcão) aumenta a cada ano. O crescimento tem sido tão expressivo que, em seu último estudo, cujos resultados foram divulgados no final de 2020, a pesquisa recebeu o nome de “A descoberta da bolsa pelo investidor brasileiro”. “A menor rentabilidade da renda fixa está levando milhares de novos investidores para a bolsa de valores a cada ano”, diz André Bona, educador financeiro e professor da Exame Academy.

Apenas no ano passado, foram 500.000 novos CPFs no mercado, apesar da pandemia da covid-19. O movimento tem um motivador específico. Se antes os investimentos de renda fixa mais tradicionais como os CDBs bastavam para que o investidor mantivesse poder de compra, a realidade agora é outra. “Com taxa Selic no menor patamar da história, o investidor precisará desenvolver, cada vez mais, alguma tolerância a risco para prosperar na bolsa de valores.”, diz Bona.

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A população que tem entrado na bolsa nos últimos anos possui idade média de 32 anos e se informa, principalmente, online (73% dos entrevistados). Outros dados animadores são que os entrevistados mostraram que estão, cada vez mais, focados no longo prazo e têm começado no mundo dos investimentos com quantias mais baixas; em média R$ 660,00 (em outubro de 2018 este valor era de R$ 1.916). E, para começar, a prática é fundamental, afirma o professor: “A melhor maneira de aprender é fazendo. Ao contrário do que se imagina, não é preciso muito para começar.”

A diversificação nos investimentos também tem se tornado cada vez mais frequente. Quase metade dos entrevistados (46%) passou a ter posição em mais de um produto de renda variável logo após a sua chegada à B3. Em 2016, por exemplo, 78% das pessoas físicas possuíam somente ações. Em 2020, esse número caiu para 54%, e outros produtos passaram a integrar suas carteiras. “Você não compra uma ação, você se torna sócio de uma empresa. Se, para a segurança a chave é diversificar; para ter os melhores resultados, é preciso contar com o fator tempo e, tendo feito uma escolha consciente, aguardar o período necessário para obter o melhor retorno. E essa é principal diferença entre o torcedor e o apostador. Saber em quê, o quanto e como investir.”, concluiu Bona.

Fonte: Revista Exame

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