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Rondônia, sexta, 26 de abril de 2024.

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Na véspera de abertura quase total do comércio, Porto Velho tem apenas 17 leitos de UTI disponíveis


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Na véspera de abertura quase total do comércio, Porto Velho tem apenas 17 leitos de UTI disponíveis

Um dia antes de permitir a abertura de grande parte das atividades comerciais em Porto Velho, incluindo o shopping, a taxa de ocupação de UTI com pacientes acometidos pelo Coronavírus ainda é bem alta, segundo admitiu o secretário da Saúde, Fernando Máximo, durante coletiva nesta segunda-feira (15). Ele estava ao lado do governador Marcos Rocha, do representante da classe empresarial Francisco Holanda e do titular da Sefin, Luiz Fernando. Eles chamaram a imprensa para confirmar que um novo decreto irá mudar as regras para que as empresas possam abrir.

A situação dos hospitais na Capital permanece bem delicada. Segundo Fernando Máximo, no Cemetron, 89% dos leitos de UTIs estão ocupados. Na Unidade de Assistência Médica Intensiva (AMI), esse número é de 77%. No Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, a ocupação chegou a 90%, Hospital João Paulo II 62% e Hospital de Amor 100%. Em números absolutos nesta terça-feira, o Cemetron tinha apenas 2 leitos disponíveis, a AMI 8, Hospital 1, Hospital João Paulo 3 e Samar 1.

O governador destacou que a partir desse novo decreto, serão feitas algumas alterações nas regras como, por exemplo, a taxa de ocupação de leitos para permitir ir para a fase 2, que era de 50%, passará para 80%. “Isso porque nós estamos conseguindo novos leitos e esses oito dias do isolamento restritivo foram extremamente importantes para que nós adotássemos essas providências e assim poder proteger a saúde da população”, disse.

Além disso, segundo Marcos Rocha, as outras cidades que estão em melhores condições, poderão até sabe subir de fase, de acordo com a disponibilidade de leitos de UTI para atender a população.

Com o novo decreto, o Porto Velho Shopping vai poder abrir, mas sem o funcionamento da praça de alimentação. As lojas poderão abrir. “Apesar de nós estarmos avançando, e ainda não ter chegado ao topo da crise dessa doença, nós criamos novos leitos, trabalho dedicado do secretário de saúde e demais secretarias”, enfatizou Marcos Rocha.

O governador disse ainda, que essas melhorias poderão permanecer ou avançar na medida em que a população for colaborando. “A população já nos ajudou nos últimos dias. É preciso que todos continuem tomando os cuidados necessários”, diz.

Questionado pelo RONDONIAGORA se não seria arriscado abrir o comércio nesta terça-feira, Marcos Rocha disse que tudo o que ele tem feito em Rondônia é muito bem pensado, em conjunto com órgãos fiscalizadores para evitar que haja problemas graves. “Temos que pensar na questão da saúde, mas pensar também na questão da economia. Com o aumento do número de leitos, e considerando que estamos chegando ao pico da doença e posteriormente a tendência é uma queda, e a gente vem conseguindo fazer com que esse pico demore, para que a gente possa adotar as medidas necessárias. Então, a gente tem a segurança de que o que estamos fazendo e pensando no bem da população”, disse.

Estratégias

Durante a coletiva o secretário de finanças, Luiz Fernando, explicou que a estratégia de Rondônia tem cinco eixos como o aumento do número de leitos, medidas de distanciamento social para reduzir o número de contágio, padronização da terapêutica visando maior eficácia para reduzir os agravos da doença, a detecção e isolamento precoce dos casos e engajamento da população no cumprimento das medidas determinada pelo governador em decreto.

Uma das diretrizes fundamentais do governador, segundo o secretário, é que não se percam vidas, mas que sejam preservados os empregos, e as empresas, para não submeter à economia a sacrifício que sejam efetivamente necessários. “Então esses cinco eixos de atuação, nós temos procurado isso”, diz.

Quem estiver com menos de 80% da taxa de ocupação de leitos, poderá ir para a fase 2 do plano, fase menos restritiva. Quem tiver com mais de 80%, deverá ir para a primeira fase. “Isso deve ser reavaliado a cada 14 dias, se isso gerar um aumento da demanda, um risco de colapso, poderá haver o retorno para a fase mais restritiva até que possamos todas passar por essa pandemia”, explicou o secretário.

De acordo com o secretário de saúde, Fernando máximo, os 50 leitos clínicos que serão aumentados inicialmente serão o do hospital de campanha, no Regina Pacis, que deve ser entregue nos próximos dias. Ele disse ainda, que 10 leitos de UTI já prontos para ser usado em caso de urgência, mesmo o hospital estando em obra.

Também está prevista para os próximos dias a entrega do Centro de Reabilitação de Rondônia (Cero), no Bairro Mariana, Zona Leste da Capital, que irão ampliar a capacidade de internação na cidade, permitindo reduzir a taxa de ocupação da rede hospitalar na Macrorregião de Saúde I e, assim, viabilizar a retomada das atividades econômicas nessa região do Estado.

Com informações do rondoniagora.com

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