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Rondônia, terça, 16 de abril de 2024.

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Porto Velho institui a Semana Municipal da Pessoa com Deficiência


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O evento passa a fazer parte do calendário comemorativo oficial já em 2020

 Sabendo da importância do nono mês do ano para a inclusão social, já que 21 de setembro é o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, além das campanhas do “Setembro Verde”, para a conscientização e inclusão social das pessoas com deficiência, Porto Velho aderiu ao movimento e a partir deste ano passa a ter oficialmente a Semana Municipal de Luta da Pessoa com Deficiência.

Comemorada de 21 a 28 de setembro e sancionada pela a Lei Municipal 2.729 de 28/01/2020, no ano passado a capital de Rondônia já promoveu diversas atividades culturais com o tema Família e Pessoa com Deficiência: Protagonistas na Implementação das Políticas Públicas”. Então, nesse ano, passa a ter a semana oficialmente em seu calendário comemorativo.

Flávia Albaine, Defensora Pública de Rondônia e criadora do projeto Juntos pela Inclusão Social, ressalta que instituir essas atividades em Porto Velho, assim como em todos os lugares possíveis do País, são importantes para que a sociedade se conscientize do seu papel nessa luta.

“Muitas pessoas ainda enxergam a inclusão social como uma ‘ideologia bacana’ defendida por grupos sociais mais vulneráveis aos preconceitos ou como um dever das autoridades públicas, que devem garantir os respeitos aos direitos de todos os cidadãos”, explica Flávia, que também é membro da Comissão de Direito das Pessoas com Deficiência da ANADEP (Associação Nacional de Defensoras e Defensores Públicos).

A importância do conhecimento para combater o preconceito

Os últimos levantamentos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que 6,2% da população do Brasil possuem algum tipo de deficiência, com mais da metade dessa estimativa (54,8%) sendo de grau intenso ou muito intenso de limitações. Desses, 0,8% são pessoas com deficiência intelectual.

“As pessoas com deficiência intelectual ainda são extremamente estigmatizadas como se fossem loucas ou perigosas para o convívio social. Esse cenário precisa mudar urgentemente, pois são pessoas com grandes potenciais que só precisam do tratamento adequado e de uma sociedade mais inclusiva para se desenvolverem”, lembra.

 Por isso, ela espera que assim como Porto Velho, outras cidades e municípios de Rondônia abracem essa causa.

“Há um avanço da legislação e dos entendimentos jurisprudenciais em favor da inclusão, assim como programas governamentais de ações afirmativas para inclusão de pessoas em situação de vulnerabilidade. Entretanto, quando partimos para a prática, nos deparamos ainda com uma sociedade preconceituosa e desinformada sobre os direitos das pessoas em vulnerabilidade, assim como em seus deveres de respeitar as diferenças. E um dos passos para mudar essa realidade é o acesso  a essas informações”, finaliza.

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