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Rondônia, quinta, 28 de março de 2024.

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“Amazon do agro”: Brasil dá salto de digitalização na compra de insumos, aponta McKinsey


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Não é apenas nos escritórios que o trabalho híbrido foi estabelecido. A forma de comprar insumos no campo também passou a ser híbrida, cujo produtor mantém a visita às revendas físicas, mas mostra maior aderência a multicanais. Esta é uma das constatações da nova edição da pesquisa “A mente do agricultor”, realizada pela consultoria McKinsey, a partir de percepções de 5,5 mil produtores rurais em sete regiões diferentes no mundo. O levantamento foi apresentado em primeira mão nesta terça-feira, 30, durante evento SuperAgro, realizado pela EXAME.

A preferência por uma experiência multiplataforma globalmente foi acelerada pela pandemia de covid-19, segundo Mikael Djanian, sócio da McKinsey, e em 2022 este comportamento mostrou que veio para ficar. Isso significa que a adoção pelo comércio digital já é um consenso, mas varia entre regiões. Na média entre os países pesquisados, como Estados Unidos, Argentina, Índia e China, 50% dos agricultores já combinam interações digitais com presenciais.

Canais digitais para compra no agro

De acordo com Mikael, 70% dos produtores entrevistados no Brasil utilizam canais digitais na compra de pelo menos um insumo, como fertilizantes, defensivos agrícolas ou sementes.

“O Brasil é o país que mais deu salto na jornada de digitalização do fornecimento de insumos”, disse.

Na Índia, comentou o sócio da McKinsey, a migração deste relacionamento com os produtores para o ambiente digital permitiu olhar para além da safra e entender como ajudá-lo em questões como financiamento e sucessão familiar. “Muitas empresas estão tentando fazer a “Amazon do agro”, com marketplaces e a digitalização da jornada”, afirmou.

Ainda assim, há um horizonte de possibilidades para entender como a indústria de insumos e revendas estabelecerão contato com o agricultor, assumindo um perfil mais técnico e consultivo em meio à digitalização, deixando para trás a convencional relação de vitrine de produtos.

Fonte: Revista Exame

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