Conectado por

Rondônia, sábado, 20 de abril de 2024.

Exame

Como será o futuro do trabalho na era da inteligência artificial?


Compartilhe:

Publicado por

em

O uso da inteligência artificial em produtos e serviços se faz cada vez mais presente, seja aumentando a produtividade, seja reduzindo custos, seja facilitando a tomada de decisões e automatizando rotinas administrativas.

Já vemos a aplicação da AI em uma ampla variedade de tecnologias que fazem parte do nosso dia a dia, como no atendimento, mecanismos de busca, e-commerce, aplicativos para smartphones e veículos autônomos.

Com a chegada das ferramentas de AI generativa, como o ChatGPT, espera-se que o protagonismo dessa tecnologia nas rotinas de trabalho seja muito maior.

Como tirar melhor proveito da IA?

De acordo com economistas do banco de investimento Goldman Sachs, até 300 milhões de empregos em todo o mundo poderão ser totalmente automatizados com a adoção da inteligência artificial. Esta previsão está ancorada especialmente naquelas atividades administrativas, que representam cerca de 18% do trabalho global.

No entanto, esse tipo de análise subestima a importância da criatividade e capacidade de inovação dos seres humanos que criaram essas tecnologias em primeiro lugar.

Embora a incorporação de IA seja uma tendência irreversível para o futuro do trabalho, o caminho óbvio para os negócios é tirar proveito dos computadores para expandir a inteligência humana.

Aqui entra a Amplificação da Inteligência, ou Inteligência Ampliada, que defende o uso da tecnologia para aumentar a inteligência humana.

Amplificação da Inteligência refere-se à utilização de tecnologias de automação e IA para aprimorar a produtividade humana e alcançar maior eficiência no trabalho. Isso representa uma mudança de paradigma, em que os seres humanos colaboram com máquinas inteligentes para realizar tarefas que antes eram demoradas, burocráticas ou estavam além de suas capacidades manuais.

A interação entre humanos e a inteligência artificial se dá de uma forma mutuamente complementar. As habilidades sociais, de liderança, trabalho em equipe e criatividade das pessoas se unem a velocidade, escalabilidade, segurança e capacidades quantitativas da IA.

O que é inato às pessoas, como a empatia, por exemplo, pode representar um desafio para as máquinas, enquanto tarefas que são simples para as máquinas, como analisar grandes volumes de dados em pouco tempo, são desafiadoras para nós.

Exemplos de como a IA já vêm sendo usada

Máquinas inteligentes já estão ajudando os humanos a expandirem suas habilidades de várias maneiras. Na saúde, por exemplo, algoritmos de aprendizado de máquina são capazes de analisar grandes volumes de dados médicos e identificar padrões que podem ser usados para detectar precocemente certas condições e recomendar o tratamento adequado.

Aqui, o médico se beneficia dessa análise para confirmar ou refutar um diagnóstico e, em seguida, dar continuidade ao atendimento com as melhores práticas para a condição do paciente, considerando os aspectos físicos, mas também os emocionais.

A amplificação da inteligência no trabalho é uma opção viável para diversas tarefas, com destaque para aquelas de back office, como financeiro, recursos humanos, compras e jurídico, onde há um grande volume de atividades manuais como preenchimento de formulários, geração de relatórios, gerenciamento de dados e arquivos e envio de e-mails.

Com a automação, grande parte dessas rotinas passa a ser executada com pouca (ou até mesmo nenhuma) intervenção humana, liberando os profissionais destas áreas para que se dediquem a tarefas mais complexas que requerem habilidades cognitivas e de alto valor agregado.

À medida em que a tecnologia avança, podemos esperar que a colaboração entre humanos e máquinas continue a evoluir e abrir novas possibilidades. Com um esforço estruturado de qualificação dos profissionais e integração entre humano e máquina, é possível vislumbrar um cenário de ganha-ganha. Para os trabalhadores, há oportunidades de expansão de habilidades, novas carreiras e melhoria de performance. Nesse ambiente, a ferramenta segue sendo desenvolvida para atender às necessidades da sociedade e transformar o futuro do trabalho.

Fonte: Revista Exame

Compartilhe: