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Rondônia, quarta, 24 de abril de 2024.

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‘Pandemia dos pobres’: ONU denuncia um bilhão de pessoas expostas à cólera


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Um bilhão de pessoas em 43 países correm o risco de contrair cólera, alertou a ONU nesta sexta-feira, 19. “Há uma pandemia que está matando os pobres e sabemos exatamente como pará-la, mas precisamos de mais apoio e menos inércia da comunidade mundial, porque se não agirmos agora, vai piorar”, alertou Jérôme Pfaffmann Zambruni, chefe da unidade de emergência de saúde pública do Unicef, durante coletiva de imprensa em Genebra nesta sexta.

“A OMS calcula que um bilhão de pessoas em 43 países correm o risco de contrair cólera”, disse seu colega Henry Gray, um dos responsáveis pela Organização Mundial da Saúde no combate a essa praga, que se alastra rapidamente por falta de condições adequadas de saneamento e falta de água potável.

A cólera causa diarreia e vômito e pode ser especialmente perigosa para crianças pequenas.

A ONU, que precisa de 640 milhões de dólares (3,1 bilhões de reais, na cotação atual) para combater a doença infecciosa, especificou que quanto mais esperar para aumentar os meios de combate, mais a situação se agravará.

A OMS afirmou que as campanhas de vacinação foram seriamente prejudicadas. Até o momento, 24 países relataram surtos de cólera, em comparação com 15 em meados de maio do ano passado.

As Nações Unidas alertaram nesta sexta-feira que um bilhão de pessoas em 43 países correm o risco de contrair cólera. Mesmo que os meios para deter a doença sejam bem conhecidos, os recursos para implementá-los são escassos em grande parte do mundo.

A OMS também foi obrigada a recomendar uma única dose da vacina oral contra a cólera, em vez de duas, para salvar mais pessoas, apesar do risco de protegê-las por menos tempo. 

No total, a OMS e o Unicef – que trabalham em estreita coordenação no combate à bactéria – precisam de 160 milhões de dólares (794,2 milhões de reais) e 480 milhões de dólares (2,3 bilhões de reais), respectivamente, nos próximos 12 meses para intervir em mais de 40 países.

Fonte: Revista Exame

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