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Rondônia, sexta, 19 de abril de 2024.

Exame

Lula na China: médico diz que recuperação de presidente deve levar cerca de sete dias


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O médico Roberto Kalil, que cuida da saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou neste sábado, 25, que a recuperação de um quadro de pneumonia leve, como o que fez com que Lula cancelasse sua viagem para China, costuma levar em média sete dias. “Para as agendas normais, em uma semana ele já está bem, mas para uma viagem de 20 horas é mais difícil falar”, afirmou Kalil ao Estadão.

O presidente foi diagnosticado com broncopneumonia bacteriana e influenza A na última semana e já havia adiado a viagem para o domingo, 26. No entanto, depois de uma nova avaliação, o governo informou que a visita será remarcada “em nova data”, sem informar o dia do embarque.

“Ele está muito bem, mas foi ponderado que é uma viagem de mais de 20 horas, então, como o paciente está com influenza e pneumonia, o cancelamento foi mais por bom senso”, afirmou o médico.

Para o jornal O Globo, Kalil acrescentou que o presidente está há dois dias em tratamento e tomando antibiótico para pneumonia e antiviral para influenza na veia, o que dificulta ainda mais uma viagem longa.

O governo informou também que as autoridades chinesas já foram informadas do adiamento. Auxiliares do presidente dizem que a remarcação depende do reagendamento dos compromissos com o chefe de Estado chinês, Xi Jinping.

Ministros cancelam viagem

O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e ministros de Estado cancelaram a ida à China após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciar que suspendeu a viagem por recomendação médica. 

Uma parte da comitiva de Lula já está na China, além de uma centena de empresários. Com o cancelamento da missão, autoridades que decolariam junto com o presidente também adiaram a viagem, que perdeu o status de encontro de chefes de Estado.

Em nota, Pacheco confirmou que permanece no Brasil e aproveitou para “estimar uma pronta recuperação ao presidente Lula”. Além do presidente do Congresso, os ministros de Estado que seguiriam com Lula permanecerão no País, como Fernando Haddad (Fazenda), Marina Silva (Meio Ambiente), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e Juscelino Filho (Comunicações).

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloízio Mercadante, viajaria no avião de Lula, e não embarcará. Dois diretores do banco, no entanto, foram para Pequim participar de atividades, aprofundar o diálogo com os chineses e vão manter a parte da agenda que estava programada em paralelo à presença do presidente no país asiático.

Os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Jaques Wagner (PT-BA), que haviam sido convidados por Lula para integrar a comitiva, também não irão.

Em nota, o deputado federal Fausto Pinato (PP-SP), presidente da Frente Parlamentar Brasil/China do Congresso, também iria à Ásia. Em nota, o parlamentar lamentou o quadro de pneumonia do presidente e desejou “a mais plena e breve recuperação da sua saúde”.

“A delegação parlamentar continua coesa e preparada para participar da viagem, em esforços conjuntos e harmônicos com o Governo Federal, tão logo a saúde do Presidente Lula esteja restabelecida e a missão seja retomada em estreito alinhamento com as autoridades chinesas”, afirmou o deputado.

Delegação na China

Ministros, diplomatas e uma delegação de 120 empresários do agronegócio já estavam em Pequim no aguardo do presidente. Eles participavam de eventos do setor e reuniões de trabalho e institucionais com autoridades do governo chinês. Outros empresários, de áreas como indústrias e comércio, têm desembarque em Pequim previsto para este sábado.

Sem Lula, os empresários devem manter agendas privadas e paralela na China. Além de compromissos com o presidente, eles têm reuniões com representantes dos seus respectivos segmentos e fóruns promovidos pela Apex e pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri).

Auxiliares do presidente dizem que a remarcação de uma nova viagem de Lula à China depende não só da recuperação completa do brasileiro, após o fim do clico viral e de transmissão da Influenza, como também da possibilidade de reagendamento dos compromissos com Xi Jinping.

Fonte: Revista Exame

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