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Rondônia, quarta, 24 de abril de 2024.

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Sebrae, Ambev e Guia-se promovem a primeira edição do encontro AfroLab  


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A iniciativa teve como objetivos promover troca de experiências e gerar oportunidades e networking 

Segundo um estudo feito pelo Sebrae a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE (PNADC), empresários negros são maioria no empreendedorismo brasileiro, representando 52% dos negócios. Em Rondônia, 68% dos empresários são negros. O Sebrae, em parceria com a Ambev e a empresa Guia-se Agências Digitais, promoveu nesta terça-feira (7) o encontro AfroLab.

O encontro teve como objetivo principal formar uma rede de apoio, com trocas de experiências e oportunidades. E aconteceu na sede do Sebrae, em Porto Velho.

Participaram do evento o analista técnico do Sebrae em Rondônia Rangel Miranda, o cientista da computação Alzemir Sobrinho, a especialista em atração de talentos da Ambev Rafaela Santana e empresários de Rondônia.

“Durante os últimos anos ocupei cargos de gerência no Sebrae e comecei a reparar na quantidade de pessoas negras que ocupavam esses cargos nos lugares em que eu estava inserido, e geralmente eu era o único. Essa realidade precisa mudar, e nessa perspectiva realizar esses encontros nos fortalece e nos aproxima”, afirmou o gestor de inovação Rangel Miranda.

Os empresários convidados responderam à pergunta “O que vocês esperam do AfroLab?”, e as respostas se resumiram à produtividade e pertencimento. “Sempre fui negra, mas encontrei a minha negritude em uma empresa majoritariamente branca e elitista. Hoje o meu objetivo é subir na pirâmide social e levar os meus”, disse Rafaela Santana.

Apesar de liderarem os negócios, empresários negros no Brasil têm o rendimento médio 32% inferior ao dos brancos. “Precisamos abrir espaço para nós, e Rondônia tem muito espaço. Muitas indústrias estão vindo para cá e procuram profissionais qualificados, precisamos estar atentos a essas oportunidades”, avaliou Alzemir Sobrinho.

A pandemia atingiu todos os perfis de empreendedores, mas essa queda foi mais forte entre negros e, em especial, entre as mulheres negras. Entre os homens negros a queda foi de 13%, e entre as mulheres negras em atividade a queda chegou a ser de 16%.

“Estou retomando o meu negócio que fechou durante a pandemia, e vim aqui hoje para me sentir à vontade. Onde tiver movimento negro, eu estarei lá”, disse a empresária Ana Moura.

A importância do pertencimento foi uma das pautas principais, bem como a apresentação individual de cada participante e a firmação de parcerias em projetos futuros.

Para o diretor administrativo e financeiro do Sebrae, Eduardo Fumyari Valente, esse espaço existe para isso mesmo. “É um espaço para promover a troca de experiência. Precisamos promover cada vez mais esses encontros, ocupem esse espaço e vamos gerar inovação”, disse.

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