Jogadores optam mais por carteiras digitais, mas Brasil é exceção

As diferentes formas de pagamento que estão se modernizando e expandindo as opções dos jogadores têm impactado a indústria de jogos. Isso se aplica aos videogames e aplicativos, com cada vez mais compras dentro dos jogos, assim como aos cassinos online, em que se joga tentando a sorte.

Tomando a frente dos pagamentos e substituindo pagamentos diretos com cartão de crédito, soluções intermediárias que funcionam como carteiras digitais têm ganhado destaque. Exemplos internacionais incluem AstroPay e Neteller, assim como os casos específicos do Alipay na China, o Paytm na Índia, segundo o relatório de métodos de pagamento de 2022 da The PayPers, e até o Pay4Fun no Brasil.

No entanto, o Brasil possui um diferencial: o nosso Pix. É cada vez mais comum fazer pagamento direto com a nova ferramenta concedida pelo Banco Central. Por isso, é possível também comprar jogos e recursos, e até depositar em cassinos com Pix. Afinal, sendo um método funcional 24 horas, grátis e imediato, por que adicionar uma carteira digital como intermediária?

O futuro do Pix nos jogos

Quando comparamos as carteiras digitais que têm assumido o protagonismo das compras em jogos online com o nosso Pix, fica claro que não há vantagens. Afinal, a própria conta bancária digital do jogador funciona para a manutenção do saldo como as carteiras digitais o fazem.

Por esse motivo, o Brasil é um pouco diferente nesse sentido. Em geral, o Pix, que tem visto um aumento expressivo no seu uso, é seguido pelos cartões de crédito em termos de popularidade por conta, justamente, da possibilidade de crédito. Diferentemente da maioria dos outros países, é excepcionalmente fácil obter crédito no Brasil.

Então, exceto quando se pretende postergar o pagamento para a próxima fatura, é provável que o Pix manterá o protagonismo nesse tipo de transação.

Pix é acessível para jovens

Embora adultos e jovens adultos façam parte do grande público fã de jogos no Brasil, crianças e adolescentes também movimentam o mercado com compras. Por conta da facilidade que o Pix traz, é provável que essas pessoas, em geral ainda jovens para carregar um cartão de crédito próprio, tenham mais facilidade em realizar compras com uma simples chave Pix.

É claro que isso também acende um alerta para que haja o devido controle, especialmente quando não há uma fatura para detalhar o que foi adquirido. Essa questão, no entanto, cabe a cada família e aos órgãos competentes, que seguem fazendo ajustes no Pix para que se mantenha uma ferramenta tão segura quanto útil.