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Rondônia, quinta, 28 de março de 2024.

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Diretora nacional de Políticas de Enfrentamento destaca rede de proteção às mulheres, em Rondônia


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A criação do programa encoraja as mulheres a saírem do ciclo de violência doméstica

O fortalecimento da rede de proteção da mulher com a integração de outras instituições públicas, como a Secretaria de Estado da Saúde – Sesau, é o foco da 2ª Capacitação do Programa Mulher Protegida, que segue durante o dia desta sexta-feira (11), no L’Acordes Hotel, em Porto Velho, com a presença de técnicos, gestores e coordenadores das Unidades Básica, Média e de Alta Complexidade da Saúde dos 52 municípios rondonienses. Na quinta-feira (10), durante a abertura do evento promovido pelo Governo de Rondônia, por meio da Secretaria da Assistência e do Desenvolvimento Social – Seas, a diretora do Departamento de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos – SNPM/MMFDH, Grace Justa, parabenizou o Estado pelo avanço da atuação contra este tipo de violência, com a criação de uma política integrada, que não presta apenas auxílio financeiro para as vítimas, mas que também salva vidas, dando suporte para que estas mulheres rompam um ciclo e entrem em um outro, conquistando a independência financeira, um dos principais motivos para permanecerem com os companheiros agressores.

Já a secretária da Assistência e do Desenvolvimento Social do Estado, Luana Rocha, observou que, devido à pandemia houve o aumento da violência contra a mulher em seus lares, porém, com a criação do programa estadual há 11 meses, muitas delas se sentem mais seguras para buscarem a medida de protetiva judicial por saberem que poderão contar com uma rede de atendimento, que inclui assistência psicossocial, auxílio financeira de R$ 400 durante seis meses e capacitação profissional, para que possam ingressar no mercado de trabalho. A secretária adiantou que está em estudo a possibilidade de ampliar para um ano, o período de recebimento do auxílio financeiro.

“Somos o porto seguro dessas mulheres, na medida em que damos o suporte necessário para que possam sair do ciclo de violência, inclusive com os seus filhos, evitando, dessa forma, que parem em um hospital ou talvez sejam mortas. Não damos a elas apenas o auxílio financeiro, mas também condições para que possam ser capacitadas em alguma profissão ou se tornarem empreendedoras por meio de cursos ofertadas em parceria com o Idep – Instituto Estadual de Desenvolvimento da Educação Profissional”, observou Luana.

A importância do programa “Mulher Protegida”, também foi destacada pela delegada especializada no Atendimento à Mulher de Porto Velho, Amanda Ferreira Levy, citando que no dia anterior havia atendido à uma vítima, que afirmou estar com medo de o ex-companheiro retornar ao lar porque ainda tinham a chave da casa. “Perguntei por que ela não trocou a fechadura, e ela disse que não tem dinheiro. Esse dinheiro do programa estadual pode ser considerado pouco, mas com certeza possibilita muitas ‘chaves’ para que as mulheres possam sair deste ciclo”, afirmou a delegada.

Autoridades especializadas  discorreram sobre o “Fortalecimento da Rede de Atendimento à Mulher em situação de violência doméstica

”Ainda na abertura, a secretária de Estado da Saúde, Semayra Gomes, observou que a inovação do programa idealizado pela Seas; é o olhar holístico que discute de forma pontual e busca a solução. “Muitas vezes sair do ciclo passa pela chave e também o aluguel. Por isso, este programa é o socorro imediato que elas necessitam. A integração das instituições para o fortalecimento desta rede de proteção é outra grande inovação do ‘Mulher Protegida’”, reforçou.

No primeiro dia do evento, a diretora Grace Justa, que também é delegada da Polícia Civil do Distrito Federal, falou sobre “O Plano Nacional de Enfrentamento ao Feminicídio no Fortalecimento da Rede de Atendimento à Mulher em situação de violência doméstica” e no período da tarde colocou em pauta a “Articulação na Rede de Atendimento de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, incluindo no Plano Nacional de Enfrentamento ao Feminicídio”.

“Protocolos de Atendimento” foi o tema abordado pela delegada Amanda Levy, enquanto a delegada de Atendimento à Mulher de Vilhena, Solângela Guimarães, tratou das “Experiências de Articulação da Rede de Proteção à Mulher em Situação de Violência em Vilhena”. Nesta sexta-feira, a equipe da Gerência Estadual de Proteção Social Especial, formada por Gláucia Prado, Amanda dos Santos, Diego Aram e Weidila Dias, deu sequência falando sobre “Papel da Assistência Social no Funcionamento da Rede de Atendimento à Mulher em Situação de Violência”; a coordenadora regional da Atenção Primária à Saúde e Referência Técnica Estadual do projeto PlanificaSUS na região Madeira-Mamoré da Sesau, Clenilda Aparecida dos Santos, sobre o papel da Sesau no funcionamento desta rede; e Itaci Alves, coordenadora da Vigilância das Violências na Secretaria Municipal de Saúde – Semusa, de Porto Velho, fará a última palestra, ainda pela manhã sobre o papel da secretaria no Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes, Notificação, Fluxograma e Trabalho da Rede.

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