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Rondônia, sexta, 29 de março de 2024.

G1

Cafeicultora que ficou em 2º lugar no prêmio ‘Coffee of the Year 2021’ comemora: ‘É um trabalho reconhecido’


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Alessandra Inácio participou na categoria canéfora de fermentação induzida, durante a Semana Internacional do Café (SIC). Produtora de Rondônia possui cerca de 5 mil pés de café em sua propriedade. Alessandra Inácio e o marido
Arquivo Pessoal
Direto do sítio Santo Antônio, em Novo Horizonte d’Oeste, interior de Rondônia, Alessandra Inácio garantiu a 2ª posição no prêmio ‘Coffee of the Year 2021’ na categoria canéfora de fermentação induzida, durante a Semana Internacional do Café (SIC) em Belo Horizonte, MG.
Em sua propriedade, Alessandra possui cerca de 5 mil pés de café Robusta Amazônico em uma área de 1,8 hectare. Em entrevista ao g1, a cafeicultora revelou seu amor pela agricultora e pela produção de cafés especiais.
“Para produzir um café de qualidade, não significa que você depende de quantidade. Eu acredito que depende de você ter amor e paixão”, disse.
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Para chegar até a SIC, em Minas Gerais, Alessandra Inácio teve que percorrer um longo caminho. De Novo Horizonte, a cafeicultora seguia de ônibus até a capital Porto Velho, onde estava marcada a sua primeira viagem de avião. Na ida, ela enfrentou um grande desafio. Em um trecho da BR-364, uma carreta tombou e impediu o trânsito de veículos e por isso, ela decidiu que seguiria o caminho a pé.
Com a mala nas mãos e o desejo de garantir um lugar entre os melhores na cerimônia de premiaçāo, Alessandra caminhou até um local onde o sinal de celular funcionasse e ela conseguisse pedir ajuda.
Carreta tombou na BR-364 no dia em que a Alessandra iria participar da SIC em Minas Gerais
Arquivo Pessoal
Entre os melhores
De acordo com a organização, Alessandra Inácio apresentou um café com notas sensoriais de graviola, frutas secas e passas, malte e cacau e com o corpo e acidez equilibrada. O trabalho, desenvolvido com a ajuda de familiares e de técnicos, ganhou reconhecimento de diversas pessoas do Brasil e do mundo.
“É um trabalho reconhecido. São pessoas de outros estados e até mesmo de outros países que entram em contato e a gente vai tentando, de uma certa forma, ajudar e a cada dia mais, tentando melhorar”, disse.
Café da produtora Alessandra Inácio de Novo Horizonte d’Oeste (RO)
Arquivo Pessoal
Para os próximos anos, Alessandra pretende aumentar o investimento e sua produção.
“Quando a gente participou do ConCafé este ano, a gente começou o investimento. Então a gente já está com alguns projetos. Nós pretendemos expandir a nossa produção. A nossa primeira lavoura nós plantamos em 2015 e a partir da primeira lavoura, que colhemos em 2017, a gente plantou outra lavoura”, explicou.
Mulheres no topo
Alessandra divide o pódio com Poliana Perrut, cafeicultora de Rondônia que ficou em 1º lugar na premiação. Ela comemora a entrada de mulheres na produção de cafés especiais e torce por uma maior participação delas em premiações.
“Isso incentiva outras mulheres a produzir também. Várias pessoas que já conheço e outras que nunca vi, entram em contato para saber como é, qual é o gasto e quanto tempo leva [para produzir], então a gente conseguir chegar, incentivar outras pessoas a participar, porque na realidade era mais homens que participavam desses eventos e hoje estamos vendo as mulheres entrando nessa concorrência, e pelo que eu estou vendo, hoje a concorrência tá sendo grande”, disse.
Quatro rondonienses ocupam a lista dos melhores cafés canéforas de fermentação induzida do Brasil
Reprodução/Semana Internacional do Café
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Fonte: G1 Rondônia

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