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Rondônia, quinta, 28 de março de 2024.

Exame

Voltar ao passado e rever minhas raízes, me fez enxergar o futuro possível


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Por Karla Lopes*

“Quem vive de passado é museu”. Com certeza você já ouviu essa frase em algum lugar e a interpretou como algo ruim, né? Por aqui isso já aconteceu, mas aprendi há um tempo que, às vezes, é preciso dar alguns passinhos pra trás para conseguir olhar além. O famoso “recuar para pegar impulso”.

Muitas coisas realmente eu deixo somente no meu passado, mas revisitá-lo foi importante para encerrar algumas coisas mal resolvidas e, mais importante, para buscar as minhas raízes.

Ancestralidade é a palavra correta para escrever sobre essa minha volta ao passado. Precisei das minhas raízes para me reconhecer como pessoa, como mulher e, principalmente, como mulher negra. Olhar para as mulheres que vieram antes de mim me deu forças, me fez pegar aquele impulso que vem quando a gente dá alguns passos para trás.

Quando eu olhei para isso, me veio uma força que antes nem imaginava que tinha. Uma potência de voz e criação que tem trazido muitas coisas boas para a minha vida e, o melhor, me faz enxergar um futuro possível – o que antes não passava pela minha cabeça.

Pra mim já não existiam mais, mas estavam lá fincadas no meu subconsciente.

Como construir um futuro sem resolução do que me trava mesmo depois de tantos anos? Essa era a pergunta que me fazia o tempo e não encontrava respostas porque não queria aceitar no momento presente ainda precisava resolver o meu passado. É preciso muita coragem para olhar pra trás e ter a humildade de reconhecer que você ainda tem coisas para resolver consigo mesmo.

Às vezes, a gente anseia pelo futuro – e eu entendo, vivemos no mundo da ansiedade –, mas é importante entender o que vai te ajudar a chegar lá, seja “lá” onde quer que seja. O museu que guarda o seu passado pode te revelar coisas maravilhosas que serão essenciais para você entender que o futuro está vindo e você está dando o seu melhor para que ele seja incrível.

*Karla Lopes é jornalista, trabalha há 11 anos com produção de conteúdo para a internet e é criadora e alquimista da marca Lunnare Co.

Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.

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Fonte: Revista Exame

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