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Rondônia, quinta, 25 de abril de 2024.

Exame

PLAY: A onda de retrofit da TV brasileira


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Por Danilo Vicente*

Zig Zag Arena é a nova aposta da TV Globo para as tardes de domingo. Comandado por Fernanda Gentil, o programa trará, a partir de 3 de outubro, duas equipes que se enfrentam em competições baseadas em brincadeiras.

A divulgação global diz que o programa terá formato inédito, criado pela equipe de reality show dos Estúdios Globo. Acredito, mas colocar pessoas para correr, passar por túneis e descer em escorregadores, digamos, faz parte da TV brasileira há muitos anos.

O que certamente a Globo trará é uma megaprodução. E a escalação do ótimo Everaldo Marques como narrador promete divertir. Mas, convenhamos, um Passa ou Repassa, do SBT, sempre apostou nas brincadeiras, ainda que com uma qualidade de produção tímida.

O Zig Zag Arena chega para completar uma onda de “retrofit” que a Globo vem fazendo em tipos de programas consagrados. E, olha só, a maioria da popular emissora de Silvio Santos.

Quem Quer Ser Um Milionário?, quadro que Luciano Huck levou para o Domingão com Hulk, nada mais é que o Show do Milhão de Silvio. É bem verdade que, diferentemente do SBT, a Globo compra (e paga) os formatos originais e os mantém na íntegra.

Ainda no Domingão com Huck há o Show dos Famosos, oriundo da época de Fausto Silva, com celebridades homenageando cantores e cantoras. O formato, distribuído ao mundo pela Endemol, nada mais é do que um Show de Calouros, aquele da década de 1980, com pessoas famosas.

O retrofit também já chegou ao novo Caldeirão, agora com Marcos Mion, que trouxe de volta seu quadro mais recordado dos tempos de MTV, aquele em que aponta curiosidades em vídeos (na MTV eram clipes musicais).

A lista não para. O The Masked Singer é novo? Para a onipresente Endemol, sim. Porém, convenhamos que cantor mascarado já existe há décadas. Os mais velhos vão buscar na memória o Cassino do Chacrinha.

É óbvio que a TV Globo sabe o que está fazendo. Programas alegres e familiares conquistam a audiência. É a “TV família” que sempre agradou especialmente nos finais de semana.

E qual o problema de mudar a fachada e embalar o programa com cara nova? Hoje, nenhum! É uma onda de retrofit que, se não inova, pelo menos é garantia de entretenimento. Mas talvez o tempo de sucesso seja limitado, pois as pessoas podem se cansar do mesmo formato. O tempo dirá.

*Danilo Vicente é sócio-diretor da Loures Comunicação

Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.

 

 

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Fonte: Revista Exame

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