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Rondônia, sexta, 19 de abril de 2024.

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Primeiro super-herói asiático da Marvel pode não estrear na China


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Primeiro longa do universo Marvel com um protagonista asiático, Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis estreou nesta sexta-feira (3) em todo o mundo. Menos na China – justamente um dos maiores mercados do oriente. Tudo por causa da censura chinesa, que estaria bloqueando a estreia do longa devido a desconfianças em relação a um personagem dos quadrinhos que deram origem ao filme. Se a restrição se mantiver, “Shang-Chi” será o primeiro filme da Marvel não autorizado no território chinês.

Para chegar aos cinemas chineses, filmes nacionais e estrangeiros são submetidos ao crivo da censura do Partido Comunista Chinês, garantindo assim que a obra não viole os princípios que guiam o partido e, consequentemente, o país.

Até agora, “Shang-Chi” não foi aprovado porque seu personagem principal, que dá nome ao filme (o “Mestre do Kung Fu” dos quadrinhos dos anos 70), foi inspirado em Fu Manchu, um personagem asiático da literatura inglesa, cuja criação se baseou em um estereótipo racista: o de que orientais asiáticos eram ameaças para o mundo ocidental.

Apesar da decisão do governo chinês em relação ao filme não ser definitiva, a restrição certamente afetará os resultados de bilheteria do longa, uma vez que hoje a China é o segundo maior mercado para a Marvel Studios no mundo, atrás apenas dos EUA e Canadá

Previsto para estrear em novembro, um outro longa da Marvel pode ter o mesmo destino. “Eternos” pode não estrear na China devido a uma declaração da sua diretora, Chloé Zhao, que é chinesa e se referiu à sua terra natal como “um lugar onde há mentiras por toda parte”.

Em Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis, acompanhamos a história de Shang-Chi (Simu Liu), um jovem chinês que foi criado por seu pai em reclusão para que pudesse focar totalmente em ser um mestre de artes marciais. Entretanto, quando ele tem a chance de entrar em contato com o resto do mundo pela primeira vez, logo percebe que seu pai não é o humanitário que dizia ser, vendo-se obrigado a se rebelar e traçar o seu próprio caminho.

Fonte: Revista Exame

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