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Rondônia, sexta, 29 de março de 2024.

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Olimpíadas de Conhecimento e tecnologia: juntas para empoderar os alunos


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Por Alexandre Sayão*

As Olimpíadas de Conhecimento têm aberto as portas das universidades públicas para os estudantes brasileiros nos últimos anos. Por meio de projetos específicos, as vagas olímpicas, disponíveis em cursos de graduação, são direcionadas a jovens medalhistas sem a necessidade do tradicional exame pré-vestibular. Trata-se de uma forma de reconhecimento ao esforço e à dedicação dos estudantes que participam dos torneios.

Inspiradas na prática esportiva, em que atletas apresentam suas habilidades e cultivam laços culturais, as primeiras Olimpíadas Científicas aconteceram na Hungria, por volta do século 19. Em seguida, as competições de matemática se espalharam pelo Leste Europeu.

No Brasil, a primeira Olimpíada de Conhecimento ocorreu em 1979. Em 2002, o poder público passou a apoiar oficialmente as competições com a criação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Mas além do reconhecimento das grandes universidades, as Olimpíadas permitem desenvolver uma série de habilidades que impactam diretamente na vida do aluno, entre elas, as competências socioemocionais, presentes hoje na BNCC, a Base Nacional Comum Curricular, que define o conjunto de aprendizagens essenciais da Educação Básica.

Como não é nada fácil para o aluno se submeter aos exames, a escola tem um papel fundamental neste sentido: o de encorajar e desmistificar a ideia de que as Olimpíadas foram feitas apenas para alunos com alto desempenho acadêmico. Ao derrubar essa barreira, o estudante começa um novo ciclo, perde o medo de se expor, desenvolve a produção textual, o raciocínio lógico, o pensamento abstrato, entre outras competências, e aprende a lidar com as frustrações, presentes em todas as etapas da vida.

O avanço intelectual do aluno que participa de olimpíadas é notório. O contato com conteúdos que ultrapassam a grade curricular desperta nele o desejo por aprender outros temas além do que é trabalhado dentro da sala de aula. O resultado é uma postura investigativa e de alta performance. Alunos com cultura olímpica não estudam para um exame ou para passar de ano. Estudam porque têm interesse em aprender. Assim, as competições tornam o estudante protagonista e corresponsável por sua aprendizagem, aproximando-se do ideal de participação ativa do aluno na busca pelo conhecimento e desenvolvimento das habilidades.

Universo tecnológico

Se as Olimpíadas Científicas são aliadas no processo de ensino-aprendizagem, quando unidas à tecnologia, elas vêm mostrando que podem determinar o sucesso dos alunos, principalmente fora da sala de aula. A tecnologia chegou para democratizar e desmistificar a ideia de que participar dessas competições é apenas para um nicho especial de alunos.

Ao trazer as Olimpíadas para o universo tecnológico por meio de ferramentas como as da Plataforma A+, a escola permite que o aluno seja protagonista do seu conhecimento e passe a participar da aula sem se sentir exposto, sem o medo de não saber a resposta para a pergunta do professor. Com as aulas gravadas, ele pode voltar, pausar ou ir um pouco mais adiante, caso já domine aquele conteúdo. Essa possibilidade aproxima o estudante da competição e faz com que ele deixe de encará-la como um desafio impossível. É uma competição sim e, como todas, exige preparação, treino e uma rotina de estudos, mas é possível para todos.

A tecnologia também consegue ajudar do ponto de vista da escola. Não é fácil operacionalizar um projeto olímpico. O processo requer tempo e preparo do professor, totalmente diferente do que é exigido para trabalhar uma turma regular, até porque os desafios são mais complexos.

Além disso, a tecnologia possibilita trabalhar as experiências de uma maneira mais fácil e com recursos distintos quando comparado ao dia a dia da sala de aula. O aluno tem acesso a provas, simulados e outros recursos de maneira fácil e rápida. Finalmente, o fator financeiro tem um impacto considerável. Recursos tecnológicos ampliam as possibilidades e reduzem consideravelmente os investimentos.

Quando a tecnologia e as Olimpíadas de Conhecimento caminham de mãos dadas, permitem ampliar a visão de mundo dos alunos. E quanto mais eles participam, mais possibilidades eles enxergam, mais capazes se veem. Assim, é possível criar uma cultura olímpica orgânica dentro e fora da escola.

Alexandre Sayão é CEO da Plataforma A+

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Fonte: Revista Exame

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