Conectado por

Rondônia, sexta, 29 de março de 2024.

Saúde

Serviço de Oncologia do Complexo Regional em Cacoal atendeu mais de 600 pacientes em 2020


Compartilhe:

Publicado por

em

Serviço de Oncologia oferecido pelo Governo de Rondônia atende pacientes de 34 municípios do interior do Estado

 

Credenciado pelo Ministério da Saúde como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), o Complexo Regional Hospitalar de Cacoal (HRC) oferece atendimento oncológico para toda a 2ª Macrorregião de Saúde em Rondônia, que abrange 34 municípios. Apenas em 2020, o Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) atendeu 621 pacientes em Cacoal com consultas ambulatoriais, cirurgias oncológicas e sessões de quimioterapia e radioterapia.

“Hoje, o serviço de Oncologia no HRC não tem fila de espera”, garante a coordenadora da Unacon, Kelly Bauer. A partir do momento em que o paciente tem o diagnóstico e procura a regulação do seu município, em menos de 48 horas, em média, o atendimento é autorizado. “Existe no Brasil a Lei Federal dos 60 dias, que estabeleceu que o primeiro tratamento oncológico pelo Sistema Único de Saúde (SUS) deve ser iniciado no prazo máximo de 60 dias, a partir da assinatura do laudo patológico. Atualmente, no Complexo Hospitalar, com menos de 48 horas o paciente já é agendado para as consultas nas especialidades oncológicas”, explica Kelly.

Conforme a coordenadora destacou, o HRC tem atendido principalmente os tipos mais prevalentes de câncer, como: de mama, próstata, pele, cólon, colo do útero, estômago, brônquios e pulmões. Além de oferecer consultas ambulatoriais com especialistas, a estrutura do Complexo para o tratamento de pacientes oncológicos conta com centro cirúrgico e uma enfermaria clínica de alto padrão, com 28 leitos.

Por sua vez, o serviço de radioterapia e quimioterapia é terceirizado pelo Governo de Rondônia, que contratou a Associação Assistencial à Saúde São Daniel Comboni (Assdaco). A prestação destes serviços é oferecida aos pacientes em uma estrutura montada em anexo ao Hospital de Urgência e Emergência Regional (Heuro) de Cacoal .

Em tratamento desde 2014, Ana Júlia superou a Leucemia

Para buscar atendimento oncológico no HRC, o procedimento é simples. Basta o paciente apresentar, junto ao sistema de regulação de seu município, o diagnóstico com o encaminhamento ao especialista. A partir daí, cabe apenas ao município apresentar a solicitação junto ao Sistema de Regulação Estadual (Sisreg).

A pessoa que ainda não tem o diagnóstico definitivo, pode buscar uma consulta especializada no Hospital Regional de Cacoal. O processo para isso é semelhante. O primeiro passo é passar pela Unidade de Saúde do município de origem, onde o médico solicitará o atendimento especializado, caracterizando suspeita oncológica. A regulação municipal vai apresentar o pedido junto à Regulação Estadual para agendamento. No atendimento junto ao médico especialista do Complexo, caso seja confirmado o câncer, o tratamento é iniciado imediatamente.

“A partir do momento que o Governo do Estado passou a contar com uma Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia no interior, isso facilitou muito o tratamento. Pacientes com câncer estão debilitados e tendo o serviço mais perto de casa, isso garante um tratamento muito melhor. Não é preciso ter, por exemplo, o desgaste quanto ao deslocamento”, ressalta Kelly.

Além de todo o tratamento oferecido pelo Estado, os pacientes oncológicos atendidos no HRC são monitorados por cinco anos, após a promoção da cura. A princípio, o acompanhamento é feito a cada três meses, depois de seis em seis meses e após um período o monitoramento é feito uma vez por ano. Desta forma, caso aconteça de um novo câncer surgir, um novo tratamento pode ser iniciado de forma precoce.

PROMOÇÃO DE CURA

Mônica Alves Cabral é mãe da Ana Júlia, de 13 anos. Em 2018 veio o diagnóstico “desesperador”, como ela mesma define. Ana Júlia estava com Leucemia Linfobástica Aguda (LLA), câncer mais comum na infância. Ele ocorre quando uma célula de medula óssea desenvolve erros no DNA.

O tratamento no Complexo Hospitalar em Cacoal foi quimioterápico, além de todo o acompanhamento feito pelos especialistas e equipes de oncologia. “Ela iniciou o tratamento em Porto Velho, mas com três meses a gente pôde voltar para Cacoal, para continuar o tratamento aqui, e ela respondeu muito bem”, destaca a mãe.

Na última terça-feira (25) Ana Júlia fez sua última sessão de quimioterapia. “Em todos os exames que fizemos até agora, foi constatada a ausência do câncer. No mês que vêm, dia 29 de junho, faremos o Mieolograma, exame definitivo onde a gente vai ter certeza de que ela realmente não tem mais a doença. Até agora, todos os exames mostram que minha filha não tem mais e Deus vai abençoar para que o outro exame mostre isso também”, disse Mônica Alves.

O Mielograma, citado por Mônica, é um dos exames necessários para avaliação da medula óssea. Nesta semana, na última sessão de quimioterapia, a mãe de Ana Júlia comemorou com a equipe de Oncologia do HRC de Cacoal. “Hoje, o sentimento que eu tenho é de muita felicidade por minha filha, e a mensagem que eu deixo para toda a equipe é ‘muito obrigada por terem feito parte desta etapa da vida dela’”, finaliza.

Compartilhe: