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Rondônia, terça, 16 de abril de 2024.

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Ibovespa recorde: as ações que mais subiram desde a marca em janeiro


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Demorou quatro meses e meio, mas o Ibovespa voltou a fechar em pontuação nominal recorde nesta sexta-feira, 28 de maio. Aos 125.561,37 pontos, o índice de referência da bolsa brasileira está 0,39% acima da marca anterior, de 8 de janeiro.

No momento mais agudo da fase baixista, o Ibovespa ameaçou perder o patamar dos 110.000 pontos em fechamento, em 26 de fevereiro: com queda acumulada de 12% desde o então recorde, o índice refletia a desconfiança de investidores especialmente com ações de estatais, depois que o presidente Jair Bolsonaro decidiu demitir o CEO da Petrobras (PETR3, PETR4), Roberto Castello Branco, por meio das redes sociais e de forma intempestiva.

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Mas, apesar da diferença atual de 0,39% entre os dois recordes, muitas ações do Ibovespa dispararam e tantas outras acumularam quedas expressivas nesse intervalo de tempo, em que houve 95 pregões diários na bolsa brasileira.

A consultoria Economatica levantou quais as 10 ações do Ibovespa que mais subiram e as 10 que mais caíram nesse período (desde 8 de janeiro) a pedido da EXAME Invest.

Veja abaixo as 10 ações que mais se valorizaram:

  1. Braskem (BRKM5): +109,56%
  2. Hering (HGTX3): +108,25%
  3. Embraer (EMBR3): +97,84%
  4. Banco Inter (BIDI11): +66,86%
  5. BTG Pactual (BPAC11): +33,18%
  6. Eletrobras ON (ELET3): +32,63%
  7. Locaweb (LWSA3): +32,47%
  8. PetroRio (PRIO3): +32,03%
  9. Marfrig (MRFG3): +31,73%
  10. Eletrobras PNB (ELET6): +31,49%

Quatro ações se destacaram nesse intervalo de quatro meses e meio, com valorização acima dos 65%. Uma delas é a da Braskem (BRKM5), diante de uma conjunção de fatores que ajudam a explicar a forte alta das cotações de quase 110%, a maior do Ibovespa. A principal razão, segundo analistas, são os resultados melhores em decorrência de sua reestruturação interna e do aumento dos preços no setor petroquímico.

Houve fatores não-recorrentes que ajudaram na valorização das ações, como estimativas para os gastos com indenizações pelo incidente geológico em Alagoas e o anúncio da Odebrecht de que retomou as negociações para vender a sua fatia na companhia que é líder da indústria petroquímica na América Latina.

A Hering (HGTX3), por sua vez, acumulava alta de apenas 6% desde 8 de janeiro até 14 de abril. Nesse dia, a centenária companhia de vestuário revelou pela manhã que havia recebido e recusado uma proposta de fusão com a Arezzo (ARZZ3). Foi o suficiente para fazer o papel disparar e encerrar o pregão daquele dia com alta de 28%.

Depois disso, a Hering continuou a se valorizar gradualmente, com maior intensidade no dia 26 de abril, quando anunciou acordo para fusão com o Grupo Soma (SOMA3). As ações dispararam mais 26%, diante da avaliação de que a marca catarinense irá se beneficiar das sinergias previstas com a operação e reforçar o crescimento.

Veja abaixo as 10 ações que mais caíram desde 8 de janeiro:

  1. GPA (PCAR3): -34,50%
  2. IRB Brasil (IRBR3): -25,00%
  3. Weg (WEGE3): -22,99%
  4. Ultrapar (UGPA3): -21,92%
  5. EZTEC (EZTC3): -21,71%
  6. BB Seguridade (BBSE3): -20,37%
  7. Via (VVAR3): -18,09%
  8. B2W (BTOW3): -16,92%
  9. Lojas Americanas (LAME4): -15,90%
  10. Magazine Luiza (MGLU3): -15,06%

A maior desvalorização coube às ações do GPA (PCAR3), conhecido como Grupo Pão de Açúcar. A razão foi a cisão de sua unidade mais rentável e que mais crescia, o Assaí (ASAI3), no início de março. O objetivo foi “destravar valor” a partir do entendimento de que as duas operações separadas iriam gerar mais valor para os acionistas que juntas.

Empresas que haviam se valorizado fortemente em 2020, particularmente as de e-commerce, como Magazine Luiza (MGLU3), Via (VVAR3) e B2W (BTOW3), estiveram entre as dez que mais perderam valor no período entre os dois recordes do Ibovespa.

Segundo analistas, elas foram afetadas pela estratégia de rotação de ações, em que investidores realocam capital de ações de crescimento, como as citadas acima, para as ações de valor, de que empresas que se beneficiam da retomada do ciclo econômico.

Fonte: Revista Exame

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