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Rondônia, sexta, 29 de março de 2024.

G1

Em RO, 44% dos mortos por Covid-19 não têm comorbidades: ‘Estão morrendo mais jovens’, diz Sesau


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Anúncio foi feito nesta quinta-feira (25) pelo secretário Fernando Máximo, através das redes sociais. Das 2.787 pessoas que morreram no estado por Covid, 480 tinham de 0 a 49 anos de idade. Cepa está motivando mortes de jovens, segundo secretário da saúde
Adrian Dennis/AFP
Uma análise preliminar da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) revelou que 44% das vítimas fatais da Covid-19 em Rondônia não têm comorbidades — ou seja, não há associação entre duas ou mais doenças na pessoa infectada.
O anúncio foi feito nesta quinta-feira (25) pelo secretário Fernando Máximo, através das redes sociais. Ao ponto de vista das autoridades de saúde, esse índice é provocado pela circulação das novas cepas no estado.
“Essas cepas circulando em Rondônia são mais infectivas, transmitem mais o vírus de uma pessoa para várias”, afirma.
Ainda conforme relato do secretário, outro dado que chama atenção é quanto ao perfil das vítimas da doença.
“Estão morrendo pessoas mais jovens, e 44% das pessoas que estão morrendo [no estado] não tinham nenhuma comobirdade”, revela.
O painel indica que das 2.787 pessoas que morreram no estado por Covid, 480 tinham de 0 a 49 anos de idade. Outras 456 vítimas têm de 50 a 59 anos.
Em menos de um ano de pandemia em Rondônia, 18 crianças de 0 a 9 anos morreram com o coronavírus no estado.
Reinfecção
No mesmo vídeo postado em sua página pessoal, Máximo falou que a Sesau tem registrado vários casos de reinfecção do coronavírus em pacientes.
“Pessoas que tiveram a primeira cepa [ano passado], às vezes assintomático ou pouco sintomático, estão tendo outras cepas agora de forma mais grave e até falecendo, jovens inclusive”, desabafou.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Rondônia confirmou neste mês de fevereiro que existem ao menos três cepas do coronavírus circulando no estado. São elas: a B.1.1.28 (de linhagem brasileira), a P2 (variante encontrada inicialmente no Rio de Janeiro) e a B.1.1.33 (que aparece em países da América Latina e América do Norte).
As análises foram feitas com base em amostras coletadas em diferentes cidades do estado, entre elas: Porto Velho, Rolim de Moura, Alvorada do Oeste, Ariquemes e Cacaulândia.
Falta de leitos
Nesta quinta-feira, o estado afirmou que todos os mais de 300 leitos de UTIs estão ocupados no estado. Há uma fila de espera de pacientes esperando por intubação ou internação.
Diante da situação crítica na saúde, Fernando Máximo ainda fez um apelo para que as pessoas evitem aglomerações, festas ou andam sem máscara.
“O meu recado é para você que aglomera, que tá fazendo festinha e não usa máscara. Nós não temos leito de UTI para sua mãe, não tem leito para o seu pai, tio, filho, namorada… Nós não temos leito de UTI para você, seja rico ou pobre”, desabafou.
Ainda de acordo com o secretário, o governo do estado não está conseguindo ampliar o número de leitos de UTI no estado, por falta de profissionais de saúde.
“Essa noite tivemos que fechar cinco leitos de UTI por falta de médico no Cero, em Porto Velho. Lá tem 50 leitos de UTI, mas dez médicos estão com Covid-19, pois a vacina ainda não fez efeito. Demora-se uns dias para fazer efeito”, conta.
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Fonte: G1 Rondônia

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