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Rondônia, quinta, 28 de março de 2024.

G1

Alertas de desmatamento têm alta de 53% em Rondônia no mês de novembro, mostra Imazon


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Aumento acontece na comparação com o mesmo mês de 2019; foram 46 km² com sinais de desmatamento, segundo dados reunidos pelo instituto. Área corresponde a mais de 6,4 mil campos de futebol em devastação. Os alertas de desmatamento em Rondônia tiveram alta de 53% em novembro de 2020 na comparação com o mesmo mês em 2019. Segundo boletim divulgado nesta quinta-feira (17) pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), foram suprimidos 46 km² de floresta, enquanto que em novembro do ano passado houve o desmate de 30 km² de área.
Esses 46 km², em comparação, têm área equivalente a mais de 6,4 mil campos de futebol.
Em toda a Amazônia, o aumento foi de 23% (são 484 km² de floresta perdida ao todo). Os dados do Imazon são medidos por um sistema do próprio instituto.
Área de desmatamento em Rondônia em 2019
PF/Divulgação
O Imazon aponta que Rondônia aparece em terceiro lugar no ranking (com 10% do total) das regiões com mais alertas de perda de floresta, ficando atrás somente de Mato Grosso (19%) e Pará (48%).
Assim como os índices de desmatamento, a degradação florestal em Rondônia em novembro apresentou aumento de 1,580% na comparação com igual período do ano passado. Ao todo, foram 84 km² de área degradada em 2020 contra 5 km² em 2019.
O Imazon também cita que a capital Porto Velho é a quarta cidade com maior número de alertas entre os municípios mais críticos: 17 km² de floresta foram destruídos em novembro deste ano. Antes do município vem: São Félix do Xingú, Pacajá e Altamira, no Pará, com 38, 22 e 18 km² desmatamentos, respectivamente.
A reserva rondoniense Rio Preto-Jacundá está entre as unidades de conservação mais castigadas, com supressão florestal de 10 km² em novembro deste ano.
Área da reserva rondoniense Rio Preto-Jacundá
Sedam/Reprodução
Como o Imazon mede o desmatamento
O Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon foi criado em 2008. Ele se baseia em imagens de satélites para captar a mudança do uso do solo. Com isso, afirma o Imazon, é possível detectar desmatamentos a partir de 1 hectare, mesmo sob condição de nuvens.
O sistema de alertas do governo, chamado de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), usa imagens de satélite de 6 hectares.
As imagens são captadas e analisadas pela ferramenta de monitoramento do instituto. O Imazon afirma que, atualmente, o SAD utiliza os satélites Landsat 7 (sensor ETM+), Landsat 8 (OLI), Sentinel 1A e 1B, e Sentinel 2A e 2b (MSI) com os quais é possível detectar desmatamentos a partir de 1 hectare mesmo sob condição de nuvens.
VÍDEOS: Natureza e meio ambiente

Fonte: G1 Rondônia

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