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Rondônia, terça, 23 de abril de 2024.

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Marcele Pereira é 1ª mulher negra eleita reitora da Unir: ‘Minha chegada abre caminhos para inúmeras mulheres’


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Ao G1, Marcele falou sobre os impactos da pandemia da Covid-19 no ensino superior e destacou que enquanto não houver vacina continuarão as aulas remotas; leia entrevista. Marcele Pereira, reitora da Universidade Federal de Rondônia (Unir)
Ana Kézia Gomes/G1
Marcele Regina Nogueira Pereira, conversou com o G1 nesta quinta-feira (19) após ser nomeada reitora da Universidade Federal de Rondônia (Unir). Como primeira mulher negra eleita para o cargo ela falou sobre representatividade e também explanou sobre os impactos da pandemia da Covid-19 na educação.
O mandato do atual reitor, Ari Ott, termina oficialmente na sexta-feira (20) e no dia seguinte começa a gestão “Unir Sociedade”. Marcele acredita que será uma transição tranquila e segura.
Inicialmente, a prioridade a curto prazo é tentar garantir a qualidade do ensino durante a crise sanitária.
“Enquanto não tiver vacina as aulas da Unir vão continuar remotas. Sem dúvida, a gente não pode colocar em risco a saúde da nossa população e nem da nossa comunidade acadêmica. Nesse contexto, as aulas seguem acompanhando modelo remoto”, disse Marcele.
Quanto às questões orçamentárias a professora reconhece que em ordem federal foi imposta redução de gastos e disse que vai batalhar para que os recursos, quando chegarem, sejam bem distribuídos. E neste momento os investimento serão para retomada com saúde, tranquilidade e segurança às atividades educacionais.
“Os recursos seguem realmente a orientação nacional e nesse sentido estamos também com as contas muito apertadas”, comentou.
Marcele Pereira tem 42 anos, é casada, mãe de três meninas e avó de um menino. Foi escolhida para ser reitora por consulta acadêmica, eleição no Conselho Superior e, por fim, nomeada pela Presidência da República.
Marcele Pereira, reitora da Universidade Federal de Rondônia (Unir)
Ana Kézia Gomes/G1
“Felizmente tivemos a grata surpresa de ter se cumprido a democracia no nosso país”, comentou
Para ela, a trajetória foi de muito trabalho: graduou-se em História, fez mestrado em Museologia e Patrimônio e doutorado na Europa em Sociomuseologia. Na Unir já atuou como pró-reitora de cultura, extensão e assuntos estudantis.
“Sou uma mulher que com muito trabalho e muito estudo conseguiu trilhar um caminho que me trouxe até a Universidade Federal de Rondônia, onde, com muito orgulho, também me levou a ser docente de museologia no departamento de arqueologia”.
“Eu me sinto vitoriosa e creio que minha chegada aqui abre caminhos para inúmeras mulheres como eu: negras, pobres, da periferia. A minha missão e meu compromisso se estende não só para universidade, mas para inspirar essas mulheres, esses jovens. Dizer para eles que é possível”.
Para essas conquistas, Marcele destaca que é muito importante reforçar o compromisso com o social, com a dignidade humana e com a educação pública.
VÍDEOS: Educação

Fonte: G1 Rondônia

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