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Rondônia, sexta, 19 de abril de 2024.

G1

Afastada por suposto esquema de propina, prefeita renuncia candidatura à reeleição em Cacoal


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Glaucione Rodrigues encaminhou carta assinada ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), protocolada em 14 de outubro. Prefeita afastada segue presa em Porto Velho. Glaucione Rodrigues foi afastada do cargo de prefeita de Cacoal.
Prefeitura de Cacoal/Reprodução
A prefeita afastada de Cacoal (RO), Glaucione Rodrigues, está fora da corrida eleitoral após renunciar da candidatura à reeleição no pleito de 2020. Glaucione encaminhou uma carta assinada ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que foi protocolada no último dia 14 de outubro. Ela foi presa em setembro por envolvimento em um suposto esquema de propina.
Na carta, Glaucione diz que está abrindo mão da candidatura devido ao afastamento da cidade por meio de decisão judicial, além de não querer causar prejuízos aos atos administrativos e eleitorais do partido e da coligação. No lugar da prefeita afastada entrou Vasques, do DEM. A candidatura dele aguarda julgamento.
A Rede Amazônica entrou em contato com a defesa da prefeita para um posicionamento, mas não houve retorno até a última atualização desta reportagem.
Glaucione Rodrigues está afastada do cargo desde o dia 25 de setembro, quando foi presa pela Polícia Federal (PF) na Operação Reciclagem, que investiga o envolvimento da prefeita em crime de corrupção. Ela segue presa no comando da Polícia Militar (PM) em Porto Velho.
Vereadora assume prefeitura
O desembargador Roosevelt Queiroz Costa determinou que a 1ª vice-presidente da Câmara Municipal de Cacoal (RO), vereadora Maria Simões (Solidariedade), assumisse a prefeitura da cidade. A medida cautelar de urgência aconteceu após a prisão da então chefe do executivo.
A decisão de caráter emergencial ocorreu depois que o presidente da Câmara de Vereadores, Valdomiro Corá, abriu mão de assumir a gestão interinamente.
Vereadora Maria Simões (PR) assume prefeitura de Cacoal.
Reprodução/Facebook
No texto, Roosevelt cita que a determinação não envolve a questão criminal em que Glaucione está envolvida, “pois o tema é pertinente ao campo eleitoral”. O desembargador reforça ainda que a prefeita segue afastada do cargo por 120 dias.
Dez vereadores da cidade aprovaram a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra a prefeita afastada. A comissão, que é formada por três vereadores, tem até 90 dias para concluir o processo de cassação do mandato de Glaucione.
Nascida em Cacoal e filha de pioneiros do município, Maria Aparecida Simões tem 45 anos e é mãe de três filhos. A vereadora e nova prefeita da cidade é formada em administração com especialidade em Metodologia Didática do Ensino Superior.
Maria trabalhou na empresa SAAE como Diretora Financeira e logo seguiu à carreira política. Esse é seu segundo mandato como vereadora. O primeiro foi de 2013 a 2016.
Prisão de Glaucione
Glaucione Rodrigues foi afastada do cargo e presa pela Polícia Federal (PF) em setembro durante a Operação Reciclagem, que apura crimes contra a Administração Pública.
Além de Glaucione, o marido dela e ex-deputado, Daniel Neri, e os prefeitos de Rolim de Moura, São Francisco do Guaporé e Ji-Paraná foram detidos. O grupo é investigado pela prática do crime de concussão, que é quando alguém utiliza do cargo público para obter vantagens indevidas.
A defesa de Glaucione e dos outros investigados informou que não irá se manifestar sobre o caso no momento. O advogado de Marcinto Pinto, então gestor de Ji-Paraná, não foi localizado até última atualização desta reportagem.
Dinheiro apreendido durante Operação Reciclagem em RO
PF/Divulgação
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VÍDEO: prefeita Glaucione é filmada recebendo propina
VÍDEO: prefeita Lebrinha aparece recebendo propina
As prisões dos políticos foram autorizadas pelo Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO) devido aos vários indícios de provas contra os políticos denunciados. Alguns dos pagamentos de propina foram filmados por câmeras.
Vídeo: prefeita Glaucione aparece recebendo dinheiro de propina em Rondônia
Segundo o delegado Flori Cordeiro de Miranda Júnior, da PF, a investigação da Operação Reciclagem começou em dezembro de 2019, após um empresário que prestava serviços às prefeituras delatar sobre um esquema de propina.
O denunciante relatou, à época, que uma das prefeituras teria condicionado o pagamento de uma dívida com um prestador de serviço ao repasse de propina. Diante disso ele decidiu denunciar a fraude e delatou os outros três municípios que adotavam a mesma prática de corrupção.
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Fonte: G1 Rondônia

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