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Rondônia, sexta, 29 de março de 2024.

Exame

5 companhias aéreas que tiveram sérios problemas na pandemia


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Com quase todo mundo precisando ficar em casa durante a pandemia do novo coronavírus para manter o distanciamento social, as companhias aéreas, que dependem de multidões viajando para lá e para cá pelo globo, foram um dos setores mais atingidos pela crise.

E, por mais que o vírus já esteja sendo controlado em alguns países, os efeitos podem ser duradouros na área. Afinal, a ideia de compartilhar um tubo com asas fechado com centenas de outras pessoas nesse momento não é uma das ideias mais confortáveis. Fora que home-office, computação na nuvem e videochamadas estão fazendo as empresas se reinventar, e as viagens a trabalho podem mudar para sempre.

Confira abaixo cinco empresas aéreas que estão passando maus momentos durante a pandemia:

Latam

Nesta semana, a Latam Brasil anunciou que foi incluída no pedido de recuperação judicial do grupo Latam Airlines nos EUA. Por lá, o pedido de proteção contra credores é chamado “capítulo 11” (chapter 11).

Segundo a empresa, o pedido foi feito para ter acesso a “novas fontes de liquidez”, uma vez que a dívida pode ficar mais segura a novos credores, enquanto negocia com o BNDES um pacote de ajuda.

Antes, a Latam Airlines já havia pedido nos EUA recuperação judicial para suas afiliadas no próprio país e no Chile, na Colômbia, no Peru e no Equador e tinha encerrado as operações na Argentina.

Quem comprou passagens da Latam para os próximos meses pode ficar tranquilo. A empresa afirmou que seus voos não correm perigo.

Avianca

Avianca

Sem operar desde maio do ano passado, a Avianca Brasil, que estava em recuperação judicial desde dezembro de 2018, entrou com pedido de falência nesta semana, devido às dívidas que somam 2,7 bilhões de reais.

A empresa afirma que não conseguiu se salvar, porque seu plano de recuperação foi prejudicado por decisões da Anac. É que a agência reguladora redistribuiu entre as empresas aéreas os slots (“vagas” para pousos e decolagens em aeroportos).

A Avianca havia vendido seus slots para a Latam e para a Gol, em um leilão no qual levantou 147 milhões de dólares (cerca de 780 milhões de reais na cotação atual). Mas, sem o aval da Anac, a operação não foi concluída.

Flybe

flybe

A companhia britânica, que operava quase 40% de todos os voos regionais no Reino Unido, é considerada a primeira grande vítima da crise causada pelo coronavírus. Em 5 de março, ela fechou as portas e alertou seus passageiros a não irem para o aeroporto.

Mas a pandemia não foi o único vilão para ela. A empresa já estava em dificuldades financeiras, com perdas de cerca de 20 milhões de libras no ano passado, por problemas como o Brexit e a consequente queda no valor da libra e a redução na demanda de voos. Isso sem falar que ela era pressionada pelas rivais de baixo custo, como Ryanair e EasyJet, e ainda pagava mais impostos que suas rivais.

Germanwings

Aviões da Lufthansa e Germanwings estacionados no aeroporto de Dusseldorf

Logo no começo da pandemia, a Lufthansa decidiu suspender as operações da Germanwings, sua low-cost, como uma das formas de economizar no período de crise. “Vai levar meses para que o mundo não tenha mais restrições de viagens e anos para que a demanda global por voos volte aos níveis pré-pandemia”, justificou a marca alemã na época.

A escolha por encerrar as operações da Germanwings, que atuava principalmente na Suíça, Áustria e Bélgica, além da própria Alemanha, também se deu porque a reputação da empresa já estava afetada desde 2015, quando houve o acidente com o voo 9525. Em março daquele ano, 144 passageiros e seis tripulantes morreram quando um avião da companhia se chocou com os Alpes Franceses. Posteriormente, as investigações apontaram que o acidente foi premeditado pelo copiloto, que tinha tendências suicidas.

Virgin Austrália

Avião da Virgin Austrália em Sydney

No fim do mês de abril, a segunda maior companhia da Austrália entrou em recuperação extra-judicial, depois de não ter conseguido fechar um pacote de socorro com o governo local. Nem mesmo os apelos do empresário Richard Branson, dono da divisão global da marca, que chegou até mesmo a oferecer uma ilha da qual é dono como garantia, foram o suficiente para convencer as autoridades.

Em junho, os administradores judiciais da Virgin Austrália anunciaram que a empresa americana de investimentos Bain Capital tinha acertado a compra da aérea.

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Fonte: Revista Exame

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