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Rondônia, sábado, 20 de abril de 2024.

G1

Indígenas que vivem isolados são vistos em sítio de Seringueiras, RO


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Grupo trocou uma carne de caça por uma galinha do sítio e levou um machado. Funai está no local procurando vestígios deixados por eles. Moradora de Seringueias se depara com grupo de indígenas que vivem isolados
Uma moradora de um sítio em Seringueiras, interior de Rondônia, levou um susto ao se deparar com um grupo de indígenas isolados. São nômades que não têm qualquer contato com brancos ou outros indígenas. O caso ocorreu na última semana.
Segundo a dona de casa Gabriella Euvira Moraes, a visita foi rápida. Os indígenas trocaram uma carne de caça por uma galinha do sítio e levaram um machado. A moradora contou à reportagem em vídeo que correu ao banheiro e filmou a visita.
“Eu nem cheguei a sair ou me colocar para fora. Eu vi pela fresta na porta e vi um homem parado. Foi quando prestei atenção e ele estava sem roupa. Nisso que eu me escondi, escutei três homens chegando perto da casa e conversando. Não dava para entender nada. Eles andaram ao redor da casa”, contou.
O grupo não entrou na casa da mulher e se espantou ao ouvir um barulho. “Passou uma moto e eles se esconderam. Foi quando eu liguei para a polícia nesse meio tempo, mas eles voltaram. Nisso, me assustei. Fiquei quietinha no banheiro. Por volta das 11h meu marido estava chegando em casa e eles perceberam que a moto iria entrar na casa. Foi quando saíram correndo muito rápido”, relembrou a dona de casa.
Porém, antes de sair, o grupo de indígenas deixou uma carne de caça e levou uma galinha e um machado.
Especialistas dizem que a propriedade fica perto de uma área de floresta, onde há registros da existência de indígenas isolados. Esse contato ainda está sendo analisado.
Equipes da Fundação Nacional do Índio (Funai) estão no local procurando vestígios que o grupo pode ter deixado. A troca da carne de caça pela galinha pode ser um sinal de paz, a princípio. O machado é um instrumento que eles precisam para sobreviver na mata.
A procuradora federal Giseli Bleggi, assim que soube do fato, buscou informações com as equipes da Funai que cuidam dos indígenas isolados. Ela alerta que nesse momento de pandemia é perigoso qualquer tipo de aproximação com eles.
“Esse grupo não é de indígena Uru-Eu-Wau-Wau e tem uma origem Tupi. A gente preocupa que eventual abordagem seja feita de maneira consciente, que as pessoas se retirem e comuniquem imediatamente a Funai, que já tem procedimentos para tratar de índios isolados”, explicou.
A Rede Amazônica entrou em contato com a Funai, em Brasília, em busca de maiores informações. Porém, ainda não houve retorno.

Fonte: G1 Rondônia

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