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Rondônia, sexta, 29 de março de 2024.

G1

Especialistas indicam adotar animais para espantar solidão na quarentena; veja pontos de adoção em Rondônia


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Veterinários explicam os cuidados necessários para a adaptação do cachorro ou gato no novo lar. Além da boa vontade, a adoção deve ser planejada e responsável para evitar o abandono dos animais. Animais podem ajudar a espantar solidão
Divulgação / Melissa Bosi
Com pessoas ficando mais tempo em casa e sem contato físico com parentes e amigos, por causa do distanciamento social durante a pandemia do novo coronavírus, a adoção de cachorros e gatos pode ser uma maneira de espantar a solidão.
Segundo a associação Vira-Lata Vira Amor, em Cacoal (RO), que recupera animais abandonados e depois os encaminham à lares adotivos, a “rotina da quarentena”, que começou em meados de março, provocou aumento de 30% na busca por adoção de gatos no abrigo. No entanto, quando se trata dos cachorros, houve queda.
“Temos 40 cães sob nossa tutela atualmente. Destes, 32 estão disponíveis para adoção e oito estão aguardando decisão judicial. São de um canil irregular e não podemos encaminhá-los para adoção, antes do processo rolar na justiça. Por sorte, tivemos muitas adoções nesta semana, mas o normal é dois ou três por semana”, explica Nina Bordini, presidente do abrigo.
Já Patrícia Lauer, que faz parte da equipe da Organização Não Governamental (ONG) Adote 1 Amor, conta que de dois a três animais, entre eles cães e gatos, são adotados diariamente.
Incentivadora da adoção de animais abandonados, como se declara, Lauer, diz que a adoção é uma forma de ter um “amiguinho fiel para vida toda” de forma consciente.
“Em contrapartida, quando uma pessoa compra um animal, ela dá incentivo à reprodução desenfreada de animais, que muitas vezes estão em condição desumanas. Os únicos que veem lucro nisso, são os criadores”, explica.
Há pontos de adoção de animais espalhados pelo estado, veja alguns deles:
Porto Velho
Protetores Voluntários: Se uniram em 2014, durante a cheia histórica do Rio Madeira, e até hoje ajudam na adoção e castração de animais de rua. Conheça o projeto.
Peludos da Unir: O grupo começou ajudando principalmente animais abandonados no campus da Universidade Federal de Rondônia (Unir). E atualmente usa suas redes sociais para divulgar a adoção e resgate de animais. É possível entrar em contato com o grupo por meio do Instagram e Facebook.
Vilhena
Um grupo de amigos criou o Amor de 4 patas para buscar meios de ajudar os protetores de animais de Vilhena. Na internet eles mostram as recuperações de alguns bichinhos, ajudam a divulgar animais para adoção e também arrecadam fundos para ajudar os protetores.
Ariquemes
Amigos dos Animais de Ariquemes trabalham para resgatar, tratar e preparar animais de rua para adoção. O grupo explica que no município, a principal dificuldade é a falta de responsabilidade de alguns donos.
“Têm pessoas que não tem capacidade de ter um animal, quando ficam doentes preferem abandonar do que procurar um veterinário”, diz uma das voluntárias. Clique aqui ajudar e conhecer o grupo.
Guajará-Mirim
Adote 1 Amor é um canal de adoção de pets que também ajuda a alimentar animais de rua. Para isso, eles contam com doações voluntárias de rações. Um dos lemas da organização é “melhor do que comprar uma vida é salvar uma”. Conheça o projeto.
Ji-Paraná
O Grupo de Proteção Amparo Animal resgata animais em sofrimento das ruas de Ji-Paraná e funciona como ponte para adoção responsável.
Benefícios para quem adota
Adotar é dar e receber amor
Prefeitura de Sorocaba/Divulgação
O G1 conversou com a psicóloga Luana Passos para entender os benefícios de adotar um cachorro ou um gatinho, em tempos de pandemia.
Ela teve três pacientes que adotaram pets durante a quarentena, e clinicamente falando, ela vem notando avanços significativos em seus tratamentos.
“Vejo dois aspectos muito positivos em ter um animalzinho nesse tempo que estamos mais em casa: Primeiro é a companhia, pois a maioria das pessoas acaba criando o hábito de falar com seu pet, diminuindo a sensação de solidão para quem mora sozinho ou dando a sensação de que o pet é mais um membro da família”.
E o segundo aspecto, segundo a psicologa é a ocupação, pois ficar em casa pode gerar tédio e sensação de inutilidade. Portanto cuidar de um bichinho, alimentando, oferecendo cuidados com a higiene ajuda a ocupar a mente, distraindo de pensamentos negativos.
O veterinário Bruno Sadeck explica que antes de tomar a decisão de adotar é preciso que toda a família entre em consenso para a chegada do novo membro.
“É um ser vivo que vai participar do convívio familiar, em média, em torno de 12 anos. A família tem que considerar isso para não haver o abandono futuro”, enfatiza.
O animal, diz o veterinário, tem direitos como: abrigo, alimentação de qualidade, cuidados médicos veterinários e deve ter as características individuais respeitadas.
“É preciso saber que esse animal, uma vez ou outra, pode vir a adoecer, e tem que ser avaliado se a pessoa vai ter condições de manter e tratar esse animal na hora da doença. São ponderações que se deve levar em conta”, explica Sadeck.
Após essas análises, caso a família resolva seguir adiante com a adoção, a veterinária Carolina Nunes Pimenta, pontua alguns dos cuidados necessários para a adaptação do cachorro ou gato no novo lar:
Faça as mudanças necessárias na sua casa antes da chegada do animal. O seu novo amigo trará novos hábitos e novas rotinas e, por isso, é fundamental que você esteja preparado para a chegada e para essa primeira fase de adaptação;
Prepare os locais de alimentação, de fazer necessidades e de descanso do animal. Isso ajuda a criar referência e disciplina, sendo importante que eles tenham acesso completo e a qualquer hora ao cantinho próprio;
Adapte sua rotina à do animal. O passeio, por exemplo, é a principal atividade física dos cães e é essencial que você tenha tempo para fazê-lo “se mexer bastante” todos os dias (pelo menos 15 minutinhos). No caso de gatos, reserve um tempo para brincar com eles;
Compre vasilhas de comida e água, caminha, coleira de passeio e caixa de transporte. Escolha a ração de acordo com peso, idade e porte do animal;
Agende uma visita ao veterinário para um check up. Ele irá te orientar sobre os cuidados de higiene e alimentação, além de vermifugação e vacinação;
Tenha em mente que o animal requer cuidados constantes e exige gastos na sua manutenção. Se você não dispõe de tempo ou não quer gastar um pouco de dinheiro, melhor não adotar;
O animal não é dispensável. A posse deve ser responsável e o animal não pode ser dispensado por qualquer que seja o motivo. Uma vez adotado, ele vira parte da família e deve ser tratado como tal.
Especialistas indicam a adoção de animais de estimação para espantar a solidão
Vira-Lata Vira Amor/Divulgação
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Fonte: G1 Rondônia

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