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Rondônia, sexta, 29 de março de 2024.

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Coronavírus: sete em cada dez brasileiros se recusam a sair de casa


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Com o número de mortes por coronavírus batendo recordes diários no Brasil, os brasileiros não parecem nem um pouco dispostos em reassumir a rotina de trabalho, estudos e outras atividades cotidianas, como mostra uma pequisa do Instituto Ipsos, presente em 90 países. O Brasil ocupa o primeiro lugar do ranking dos países em que a população têm mais medo de ir para a rua e reassumir o padrão de comportamento pré-pandemia.

A pesquisa foi realizada com 16 mil adultos de 16 países entre os dias 07 e 10 de maio, incluindo o Brasil, líder absoluto dos países mais preocupados com a evolução da covid-19.

Sete em cada dez brasileiros (68%) afirmaram que não querem retornar aos seus locais de trabalho nas próximas semanas, com ou sem reabertura econômica. Com o aumento expressivo de casos confirmados da covid-19, que já ultrapassa a marca de 411.820 pessoas contaminadas, o Brasil só está atrás dos Estados Unidos, com 1,7 milhões de infectados.

No segundo lugar do ranking dos países mais resistentes à ideia de voltar ao trabalho presencial e a atividades cotidianas está a Espanha, com 56% dos entrevistados afirmando que se sentem desconfortáveis com a hipótese de colocar os pés na rua. Na África do Sul, que passou de pouco mais de 2.100 casos confirmados no dia 12 de abril para 26.000 na última terça-feira, dia 26, mais da metade da população têm medo de abrir a porta de casa e se aventurar pelas cidades.

Nos países que adotaram testes em massa e conseguiram exercer manter a pandemia sob controle, como a Coreia do Sul, o cenário é o oposto. Apenas 18% dos sul-coreanos dizem que têm temor em voltar aos seus locais de trabalho.

Para os brasileiros, a volta às aulas das crianças e adolescentes também permanece fora de cogitação para 85% das famílias. É o maior índice entre os países pesquisados. Mas não estamos sozinhos.

A objeção também é alta na África do Sul e na Espanha. Em ambos os países, 80% dos entrevistados não se sentem confortáveis em deixar seus filhos voltarem aos bancos escolares. Na Itália, que até pouco tempo era considerada o epicentro do coronavírus no mundo, essa realidade não é muito diferente: 78% dos italianos preferem que os filhos fiquem em casa nesse momento.

 

Fonte: Revista Exame

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