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Rondônia, quinta, 28 de março de 2024.

Política

Em entrevista na rádio, Ismael Crispin aborda desafios dos gestores durante a pandemia


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Parlamentar falou também do crescimento dos casos de Coronavírus no município de São Miguel

Durante a entrevista concedida ao jornalista Léo Ladeia, no programa a Voz do Povo da Rádio Rondônia FM 93,3 na tarde desta terça-feira (26), o deputado Ismael Crispin (PSB) abordou os desafios dos gestores públicos no período de pandemia, o crescimento dos casos de Coronavírus no município de São Miguel e a desvalorização dos produtores de leite do Estado.

Segundo Ismael, desde que foi reconhecido o estado de calamidade pública em Rondônia, os gestores públicos precisam redobrar as atenções em todas as ações realizadas. “Vivemos um momento de muita responsabilidade. Essa pandemia trouxe uma mudança muito grande para a nossa realidade. Não temos um exemplo a seguir, não temos uma receita de bolo. Estamos buscando soluções, cobrando e pedindo ações eficazes”, disse.

O deputado relatou a dificuldade de seguir suas atribuições de forma remota. “A tecnologia é importante, mas é fria. Seguindo as recomendações, estamos realizando sessões online, contudo sentimos falta de debater projetos com os colegas, sentimos falta de atender nossas lideranças, de atender a população, ouvir seus anseios e demandas. Tivemos dois deputados contaminados e isso vai dificultando nossa lida e aumentando o nosso medo”, pontuou.

Na ocasião, o Ismael aproveitou para parabenizar a gestão do presidente Laerte Gomes e o empenho de cada deputado. “Graças ao trabalho da presidência, tivemos condições de ajudar no enfrentamento do Coronavírus. A Assembleia economizou durante um ano e o valor que seria destinado ao Executivo para o desenvolvimento de ações está sendo utilizando nesse momento tão difícil com a aquisição de 30 mil cestas básicas, aluguel de 13 UTI’s móveis com motoristas e o aluguel de 61 leitos no Hospital do Amor com toda mão de obra necessária, dos quais 12 serão leitos de UTI”, destacou.

Parlamentar falou ainda, da importância dos profissionais de saúde e segurança pública. “Esses profissionais são os verdadeiros heróis dessa guerra. Precisam ser reconhecidos e valorizados sempre e precisamos fazer a nossa parte por eles. Quem puder, fique em casa”, propôs.

São Miguel do Guaporé

Ismael falou também, da sua preocupação com o município de São Miguel do Guaporé, que já confirmou dois óbitos e 46 casos de Coronovírus. “Nosso município está precisando de socorro, de atenção. Na manhã de ontem tínhamos 31 casos e fechamos a noite com 46. Esses dados são alarmantes.  Desde o começo dessa pandemia eu venho alertando para a responsabilidade que os gestores precisam ter diante deste cenário e agora precisamos saber se todas as recomendações estão sendo seguidas pela administração local”, diz.

O parlamentar relatou que esteve hoje cedo com o secretário de Saúde, Fernando Máximos para buscar formas de ajudar no enfrentamento do Coronavírus no município. “Já passei todas as informações ao secretário e ele garantiu que irá encaminhar testes, medicamentos e um equipe para verificar in loco a nossa situação. Ele disse que os dados do município não estavam sendo atualizados no cadastro do SUS. Precisamos lutar contra o tempo para não chegarmos a situação de Guajará-Mirim”, indagou Ismael.

Agricultura familiar

Como grande defensor da agricultura familiar, o deputado falou também da sua preocupação com a falta de valorização com os produtores de leite de Rondônia. “Esses produtores estão sendo praticamente humilhados pelos grandes laticínios que estão pagando R$0,80 centavos no litro do leite, alegando que o mesmo não tem qualidade. Mas, eles pagam o mesmo valor no leite de qualidade e no sem qualidade, como vão incentivar a busca pela qualidade? ”, disse.

Por fim, Ismael Crispin reafirmou seu compromisso com todos os produtores rurais. “Eu luto para dar voz a essa classe. Trabalhei para dar voz aos representantes das agroindústrias, mas não tivemos a mínima atenção. Quando saiu a portaria do Ministério da Agricultura excluindo Rondônia no preço mínimo do café, questionei, reclamei e continuarei protestando sempre que necessário para que essa classe tenha reconhecimento, tenha voz e seja valorizada”, finalizou.

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