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Assembleia vai alugar hospital, adquirir 13 ambulâncias com UTI e comprar 30 mil cestas básicas
Presidente Laerte Gomes anunciou as medidas, em videoconferência, investimento será de R$ 15 milhões, fruto da economia do orçamento próprio
Ele anunciou ainda que serão contratadas 13 ambulâncias equipadas com UTI móvel, para atender 12 municípios, e mais 30 mil cestas básicas serão compradas, sendo 10 mil distribuídas ao mês, durante três meses, para atender às famílias em situação de vulnerabilidade. Inicialmente, a projeção é de um investimento em torno de R$ 15 milhões, entre três a quatro meses de ação, recursos oriundos da economia do orçamento próprio, algo em torno de R$ 50 milhões em pouco mais de um ano.
“Esta coletiva é para anunciar que os deputados tomaram algumas decisões, de forma conjunta nesta quinta-feira, para contribuir com o combate à pandemia de Coronavírus. Desde a questão da saúde, como apoio social para as famílias carentes. Esses recursos foram economizados em pouco mais de um ano. Todos unidos, para contribuir com o Estado, nesse momento muito difícil. que atravessamos. Recebemos o sinal verde dos órgãos de controle, para que possamos dar a nossa contribuição”, disse Laerte.
Leitos
O presidente informou que “o primeiro ponto acordado pelos deputados, é a locação de 61 leitos do Hospital do Amor, na capital, sendo 12 leitos de UTI. Todos os profissionais por conta deles, todos os insumos, todos os equipamentos. Com o aluguel de R$ 2 milhões por mês, durante o tempo que durar a pandemia, para atender aos pacientes com Coronavírus. O Governo vai conveniar com o hospital e a Assembleia vai fazer o pagamento”.
Laerte Gomes disse que “os deputados aprovaram a licitação para a locação de 13 ambulâncias UTI móvel, com motoristas, para atender aos municípios de Vilhena, Cacoal, Rolim de Moura, Pimenta Bueno, Ji-Paraná, São Miguel do Guaporé, Ouro Preto do Oeste, Jaru, Machadinho do Oeste, Buritis e Guajará-Mirim, com uma unidade cada, com aluguel pago por três meses, pela Assembleia, prorrogados por mais 3 meses. Porto Velho receberá duas unidades de UTI móvel”.
O presidente informou que os municípios manifestaram a necessidade das UTI’s móveis e apresentaram as condições técnicas de recebê-las. “Todos solicitaram e se mostraram habilitadas, dentro dos critérios, sendo responsáveis pela montagem das equipes de profissionais. Na semana que vem, abriremos a licitação. Tudo será disponibilizado no portal da transparência da Casa”.
Cestas
Além disso, a Assembleia vai adquirir 30 mil cestas básicas, sendo distribuídas 10 mil por mês, durante três meses. “Vamos acompanhar, pode aumentar esse número, de acordo com a necessidade. Vamos entregar ao SOS Rondônia, num trabalho em parceria, coordenado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), com a distribuição pelo Exército Brasileiro, seguindo critérios sociais estabelecidos pelas prefeituras, que farão o cadastro das famílias”.
Participaram da coletiva os deputados estaduais Ismael Crispin (PSB), Cabo Jhony Paixão (Republicanos) e Cassia Muleta (Podemos). Questionado sobre o atendimento aos mototaxistas, que ficaram impedidos de trabalhar com a pandemia, o deputado Ismael Crispin disse que “o Governo enviou um projeto para a Assembleia, para a distribuição de recursos financeiros direto ao cidadão, na discussão do projeto da SUAS, mas não pode ser incluído os mototaxistas, cabendo ao Governo uma nova análise para atender à categoria, que está impedida de trabalhar e os profissionais sofrendo com a falta de recursos”.
Indagado sobre a preocupação também com a economia, Laerte Gomes declarou que “no mundo, não tem como, líder algum, tomar decisões sozinho. É uma situação nova, que ninguém esperava e nem estava pronto para enfrentá-la. Defendo sempre o diálogo, a busca pelo entendimento, para que possamos juntos, minimizar a grave situação da maioria dos empreendedores”.
O presidente defendeu ainda que haja estrutura regionalizada para enfrentar a pandemia do Coronavírus, para Vilhena, Ariquemes e Ji-Paraná, não apenas mantendo Cacoal e Porto Velho como centros de tratamento, como tem sido hoje. “Ao meu ver, precisa ser feito um trabalho de imediato, caso a doença avance ainda mais. Não faz sentido trazer um paciente do Cone Sul para ser atendido em Cacoal, precisa ser atendido em Vilhena”.
Questionado sobre a necessidade de se apoiar os servidores da saúde, que atuam na linha de frente no atendimento aos pacientes com Covid-19, Laerte Gomes disse que “os deputados já fizeram indicações e sugestões ao Governo nesse sentido. É preciso dar uma remuneração maior, uma gratificação, um mecanismo para valorizar os servidores da saúde que estão expostos na linha de frente dessa guerra contra o Coronavírus. Temos recebido reclamações dos profissionais, sobre a falta de EPI. As pessoas precisam cuidar da saúde dos pacientes, mas precisam também ter a sua saúde protegida”.