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Rondônia, sexta, 19 de abril de 2024.

Exame

Via Varejo cai 9% com possível oferta de ações


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As ações da Via Varejo lideram as perdas do Ibovespa, nesta sexta-feira, 8, após a empresa afirmar, em fato relevante, que avalia uma oferta primária subsequente de ações (follow-on) de até 5 bilhões de reais. O montante equivale a cerca de 40% do valor de mercado da empresa, considerando a cotação do fechamento de quinta-feira. Nesta sexta, os papéis da companhia fecharam em queda de 9,14, cotados a 8,85 reais. Na mínima do dia, a queda chegou a 14,27%.

De acordo com o Valor, que havia antecipado a informação, o Bradesco BBI irá liderar a operação. Bank of America, Banco do Brasil e XP Investimentos também devem coordenar o follow-on, mas novas instituições financeiras ainda podem estender a lista.

Embora parcela do mercado tenha visto com bons olhos a possibilidade de a empresa reforçar sua saúde financeira para atravessar o período de incertezas, o montante pretendido tem deixado os investidores um pouco mais cautelosos.

“Geralmente quando uma empresa faz um follow-on o preço da oferta é abaixo do de mercado. A Via Varejo ainda não anunciou o preço, mas pelo tamanho da oferta acredito que vai ter de dar desconto em relação ao preço de mercado para atrair mais investidores”, disse Gabriel Ribeiro, analista da Necton Investimentos.

Rafael Panonko, analista da Toro Investimentos, também explica que o simples fato de a empresa fazer o follow-on também pressiona os papéis, uma vez que o aumento do capital dilui a participação dos acionistas. “Isso, após uma forte alta nos últimos dias, faz os investidores realizarem lucro de curto prazo. “Ultimamente, o mercado está mais imediatista diante das incertezas“, comentou.

Somente em abril, os papéis da Via Varejo dispararam 73,86%, com os investidores otimistas com o desempenho da empresa no setor de comércio digital. O presidente da empresa, Roberto Fulcherberguer, chegou a dizer em entrevista à EXAME, que havia encontrado um “pote de ouro na crise.”

A alta, no entanto, foi insuficiente para reverter as perdas de 61,77% em março, quando o coronavírus bateu à porta do mercado financeiro e os temores com a possibilidade de a Via Varejo não conseguir honrar as dívidas de curto prazo em meio à pandemia pressionaram o papel.

Até ontem, o ativo acumulava perdas de 12,8% no ano, que devem ser agravadas com o pregão de hoje

Fonte: Revista Exame

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