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Rondônia, quarta, 24 de abril de 2024.

Exame

Shoppings preparam reabertura com termômetros e drive thru, mas sem cinema


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Com a retomada gradual do comércio no país, os shoppings centers preparam um plano de reabertura com medidas de segurança como medição de temperatura dos consumidores e horários reduzidos. Certos serviços, como cinemas e atividades para crianças, devem se manter fechados – e festas de reabertura são desencorajadas pela associação do setor. Enquanto isso, buscam maneiras para digitalizar parte de suas vendas, como como entregas por drive thru.

De acordo com um protocolo elaborado pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) “há organização do fluxo, higienização e limpeza constantes, além de qualidade do ar controlada, o que torna os shoppings ambientes seguros”. 

Segundo a entidade, a reabertura deve ser feita de forma gradual, sem grandes eventos ou aglomerações, para impedir a infecção pelo novo coronavírus. Em uma primeira fase, as lojas podem voltar a funcionar, mas cinemas, opções de entretenimento e atividades para crianças devem permanecer fechados.

A Abrasce recomenda que os shoppings façam a medição de temperatura dos funcionários e consumidores. Quem estiver com temperatura acima de 37,2°C ou mostrar sintomas de gripe ou resfriado será orientado a buscar ajuda médica. Além disso, a entidade estabelece protocolos de limpeza, como troca de filtros do ar condicionado e higienização mais frequente das áreas de uso comum. Funcionários das lojas e dos shoppings devem usar máscaras, bem como os consumidores, e os colaboradores do grupo de risco devem permanecer em casa.

Drive Thru

Como os shopping centers estavam focados principalmente nas vendas físicas, bem como serviços e entretenimento que dependem da presença de pessoas, a pandemia e as medidas de isolamento social forçaram uma digitalização rápida dos lojistas e das gestoras dos centros de compra. Para manter parte do faturamento durante o período de quarentena, lojistas buscaram vendas por aplicativos de entrega, sites próprios ou plataformas do shopping, contato pelo whatsapp e até pelo telefone.

Muitos estão testando um novo modelo de entrega: o drive thru. Usando o estacionamento do shopping, os lojistas entregam as compras ao consumidor diretamente no carro, sem circulação pelo shopping.

Até o fim da semana, cerca de 20 dos 39 shoppings da Aliansce Sonae estarão com o modelo de drive thru pronto. “Estamos incentivando o modelo para manter algum nível de vendas dos lojistas”, diz Leandro Lopes, diretor de operações da administradora. 

Alguns dos shoppings da Multiplan, em São Paulo e no Rio de Janeiro, também testam o modelo de drive thru. As compras deverão ser solicitadas pelos clientes diretamente aos lojistas via WhatsApp. Cada centro deve atualizar em suas redes sociais e respectivos sites quais lojas estão participando da iniciativa, assim como o contato de cada uma delas, diz a empresa.

Na brMalls, administradora de 31 shoppings espalhados pelo país, os lojistas têm acesso ao Delivery Center, a startup de entregas que transforma os shoppings em centros de distribuição e tem como sócios, além da brMalls, a concorrente Multiplan e ninguém menos que José Galló, presidente do conselho de administração da Lojas Renner. Atualmente, oito unidades da companhia atuam com a Delivery Center e o plano é alcançar a totalidade das lojas até o fim de 2020. 

Plataformas novas

Nem todos os lojistas, no entanto, tinham uma plataforma de vendas pela internet. A Aliansce Sonae aposta em diversos canais e parcerias e, na semana que vem, irá inaugurar novos sites para os 39 shoppings que opera.

A Aliansce também firmou uma parceria com a Loggi, startup de entregas, para realizar as entregas de seus 7.000 lojistas, e intensificou a parceria com o iFood. Em alguns shoppings, há um pequeno hub de entregas nos estacionamentos – um colaborador do iFood realiza as compras nas praças de alimentação e entrega o pedido ao motorista nesse local, evitando que o motorista circule pelo shopping. De acordo com o diretor de operações, esse modelo reduz até 40% o tempo de entrega.

“Nesse momento, a plataforma de vendas não é nossa, mas o que estamos fazendo é facilitar a conexão entre lojista e cliente”, diz Lopes. Segundo ele, a empresa tinha um plano para um comércio eletrônico, mas para o longo prazo. “A pandemia da covid-19 está acelerando todos esses projetos. O que levaria seis meses está sendo lançado em dois”, afirma.

Fonte: Revista Exame

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