Conectado por

Rondônia, quinta, 28 de março de 2024.

Mundo

Seis tipos de pessoas que é bom ter por perto (e outros seis que é melhor manter longe)


Compartilhe:

Publicado por

em

Imagine por um momento que você é J. R. R. Tolkien e acabou de esboçar O Senhor dos Anéis — que se tornou uma obra épica. Se tivesse a oportunidade de mostrar seu rascunho a alguém, a quem o mostraria? O escritor britânico não teve dúvidas e compartilhou seus hobbies, elfos e anões da Terra Média com os colegas de um pequeno grupo literário que havia criado com C. S. Lewis, o autor do não menos fantasioso as Crônicas de Nárnia. Para Tolkien, “os inklings”, o nome dado a essa associação, viriam a ser o que anos depois David McClelland chamaria de “grupo de referência”.

Segundo o estudo desse psicólogo social da Universidade Harvard, as pessoas com quem nos envolvemos regularmente “determinam 95% de nosso sucesso ou fracasso na vida”. É claro que, além de seu talento indiscutível, os comentários e críticas dos “inklings”, seu grupo de referência, encorajariam o perfeccionista Tolkien a finalizar sua obra magna. Pode-se dizer que parte do mérito do livro mítico foi de seus colegas.

Agora, pare para pensar no seu “grupo de referência”, aquele que faz parte de seu entorno, a família, o trabalho, os amigos … Essas pessoas a quem você está habitualmente exposto moldam quem você é. Como diz o empresário Ricardo Llamas Martínez, autor do livro Elígete a Ti Mismo y Haz que Funcione, de 2015 (escolha a si mesmo e faça com que dê certo), “as pessoas com quem passamos mais tempo determinam as conversas que atraem nossa atenção […] Com o tempo, começamos a comer o que comem, falar como falam, ler o que leem, pensar o que pensam, ver o que veem, tratar os outros da mesma maneira e até a nos vestirmos como elas. O engraçado é que normalmente ignoramos que nos parecemos tanto”.

Com quem você passa mais tempo? Quem são as pessoas que mais admira? McClelland descobriu que os mesmos indivíduos, com o mesmo histórico, oportunidades e habilidades, fazendo as coisas da maneira correta, definitivamente dependiam de seu “grupo de referência”. Ou, o que dá na mesma, se você não escolher as pessoas que te encorajem e estimulem, que sejam um incentivo na sua vida, o mais provável é que você fracasse. E o que fazer então? Segundo o médico, empreendedor e palestrante Sam Hazledine, “você precisa escolher conscientemente seu próprio grupo de referência e não só por proximidade. Não é algo comum, mas também não é complicado”. Para isso, explicamos como distinguir as “pessoas tóxicas”, as que devem ser mantidas o mais longe possível, e como investir naquelas que acrescentam valor à sua vida.

Vale a pena se esforçar para encontrar estas seis pessoas

Que não compliquem a sua vida, que sejam positivas, que tenham iniciativa, assumam seus erros … São qualidades que, nos outros, podem multiplicar o bom de nós mesmos. “É preciso saber se cercar de pessoas motivadas e inspiradoras, isso aumentará nosso bem-estar emocional e nossa capacidade de aprendizado, e viveremos um maior crescimento pessoal”, garante Elena Cedillo, psicóloga clínica e cocriadora de People are Not Resources (pessoas não são recursos). Para Cedillo, estes são os seis tipos de pessoas que podem nos beneficiar mais.

Pessoas motivadas

São comprometidas e ativas. Estabelecem metas, perseveram, são entusiasmadas e geralmente não se deixam paralisar pelo medo. São o espelho no qual deveriam refletir-se os que se fustigam com cada erro que cometem, pois as pessoas motivadas lembram que um erro é uma experiência de crescimento e aprendizagem.

Pessoas inspiradoras

Assumiram as rédeas de suas vidas, mudaram o que não queriam ou mostraram uma grande capacidade de superação em circunstâncias específicas. Têm uma atitude constante de perseverança e acreditam em si mesmas e em suas possibilidades. As pessoas inspiradoras nos mostram que não devemos parar de lutar, que nunca é tarde para criar propósitos e perseguir objetivos.

Pessoas positivas

Elas nos ajudam a perceber o lado bom das coisas, a correr riscos, a alcançar uma solução satisfatória dos problemas. Pessoas positivas nos fazem acreditar em nossas possibilidades, assumir a responsabilidade por nossas vidas e sorrir mais. E o sorriso tem um poder inegável.

Pessoas abertas

Estão razoavelmente livres de preconceitos e sempre dispostas a ouvir diferentes critérios e opiniões, mesmo que não correspondam a seus pontos de vista. Empatizam mais com os outros e não têm tanto medo de mudar. Aceitam melhor as críticas (e isso é muito importante porque seu efeito é muito mais potente do que a adulação) e vivem de maneira mais despreocupada com o que os outros pensam delas. Pessoas abertas nos darão mais flexibilidade, nos ensinarão a ter mais diálogo, a aceitar melhor as críticas e a manter maior equilíbrio emocional.

Pessoas apaixonadas

Vivem com entusiasmo, aproveitam cada momento e investem tempo naquilo que realmente as apaixona. Sua alta motivação é um mecanismo poderoso. Pessoas apaixonadas nos ensinam uma grande lição: “Se você encontrar a sua verdadeira paixão, nunca haverá falta de motivação”.

Pessoas agradecidas

Nós tendemos a nos concentrar mais naquilo em que não estamos satisfeitos, em vez de focar nas coisas boas que constantemente acontecem conosco. Aumentar a gratidão ou estar com pessoas agradecidas aumentará nosso bem-estar emocional, nos situará em nosso presente e nos manterá afastados da queixa inútil.

Cuidado com este tipo de pessoa, não traz nada de bom

Já dizia Bernardo Stamateas em seu best-seller Gente Tóxica: é preciso evitar as pessoas que complicam a sua vida, que abusam se você não puser limites, “vampiros emocionais” que se sentem bem destruindo, em vez de contribuindo. “Em toda organização existe uma ‘maçã podre’ que poderá, em algum momento, afetar o comportamento dos bons trabalhadores e, consequentemente, de toda a empresa”, diz Valeria Sabater, psicóloga social e especialista em neurocriatividade. Para ela, estes são os seis tipos de pessoas que devemos tentar evitar.

Pessoas que se queixam

Quem vive em uma espiral de reclamações constantes tem um problema para cada solução, e fazer da reclamação seu modo de vida geralmente envolve a criação de cativos: eles nos procuram para desabafar ou nos tornar o motivo de suas reclamações. É melhor fazê-los ver que, com seu comportamento derrotista, não resolvem nem ganham nada. Se não mudarem, não devemos nos deixar contagiar por sua atitude nem dar valor a seus comentários negativos.

Pessoas invejosas

No momento em que alguém experimenta a inveja se percebe como inferior ou como perdedor, e isso não apenas gera frustração, mas também produz algo muito perigoso, a raiva. De fato, até mesmo isso que chamamos de “inveja saudável” esconde o desejo por algo que não se possui e isso pode moldar situações incômodas, nas quais se perde a confiança em nossos relacionamentos. A admiração sempre será melhor que a inveja. Quem te inveja, não te ama nem te respeita.

Pessoas que fazem fofoca

Estão sempre mais preocupados com o que os outros fazem do que com a responsabilidade por si mesmas. Têm um tipo de personalidade que é muito daninha no local de trabalho porque intoxica o ambiente, cria problemas onde não há e dificulta a produtividade. Não caia nesse jogo. A fofoca morre quando atinge o ouvido inteligente que decide parar esse boato ou mexerico. Esse tipo de pessoa gosta de entrar nesses jogos porque adquire poder. Portanto, é melhor não dar valor às fofocas e menos ainda ao fofoqueiro.

Pessoas que se sentem culpadas

Usam a vitimização como uma estratégia manipuladora, um detalhe que deve ser levado em consideração porque pode ser uma faca de dois gumes. Por se mostrarem deprimidas (há as que estão e não se nota) e arrastando o peso da culpa em suas costas, estão na realidade usando uma afiada manipulação emocional. São pessoas que estão sempre pedindo perdão e costumam ser submissas para obter benefícios.

Pessoas agressivas

Carecem de empatia, são autoritárias, usam a comunicação violenta e priorizam de modo exclusivo suas necessidades e direitos. Viver com esse tipo de personalidade pode erodir gravemente nossa autoestima, e não podemos ignorar que estamos enfrentando um tipo de abuso. A melhor coisa nesses casos é manter distância. Viver com alguém agressivo, seja na família ou no trabalho, deixa sérias sequelas em todos os níveis.

Pessoas psicopatas

Há um dado interessante: as pessoas com comportamento psicopata têm maior probabilidade de se candidatar a cargos de gerência ou poder. A explicação é que sua personalidade agressiva, sua falta de empatia ou a capacidade de manipular usando seu charme para obter objetivos são características exigidas em certas categorias de trabalho. Esse tipo de perfil tende a contornar a legalidade ou o permitido para obter benefícios. Diante do psicopata, é melhor estabelecer limites, deixar claras as consequências de suas ações e, acima de tudo, nunca ceder.

Compartilhe: