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Rondônia, quinta, 28 de março de 2024.

Política

Lideranças recorrem à Assembleia para Governo revogar decreto que militarizou escola na Zona Sul


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Lideranças recorrem à Assembleia para Governo revogar decreto que militarizou escola na Zona Sul

Incomodados com a falta de diálogo do governo, antes de implantar o decreto que tornou a Escola Estadual Capitão Cláudio Manoel da Costa, na Zona Sul de Porto Velho, uma escola militarizada, professores, servidores e alunos foram até a Assembleia Legislativa em busca de apoio.
O pedido é que o decreto governamental que criou a militarização da escola seja revogado pelo governador Confúcio Moura (PMDB). Segundo eles, a medida foi imposta à comunidade estudantil, sem nenhuma discussão prévia, trazendo como efeito colateral o prejuízo aos alunos da Escola de Jovens e Adultos (EJA), que estudam à noite e com a militarização, serão afetados.

“Faltou dialogar com estudantes, professores, servidores e a comunidade, mostrando o projeto. Foi feito de ‘goela abaixo’ e pegou a todos de surpresa. Não somos contra as escolas militares. Se o governo quer uma escola militar na Zona Sul, que construa uma”, desabafou o professor de História, José Aparecido de Oliveira, que leciona na Cláudio Manoel da Costa há dez anos.

O presidente da Assembleia Legislativa, Maurão de Carvalho (PMDB) e os deputados Léo Moraes (PTB), Hermínio Coelho (PDT) e Lazinho da Fetagro (PT), se reuniram com os representantes da escola.

Maurão e Léo assumiram o compromisso de levar o pedido deles ao governador, ainda nesta semana, para que revogue o decreto. “Uma saída, caso não consigamos que o Executivo revogue o decreto, seria sustar seus efeitos, com a aprovação pelo Legislativo de um projeto de resolução”, explicou Léo.

A estudante do 1º ano do ensino médio do EJA, Jaqueline Costa, disse que, caso seja militarizada, a Claudio Manoel deixará de atender aos cerca de 700 alunos do período noturno, que, como ela, cursam o EJA. “Eu e meu marido estudamos lá. Se perdemos essa chance não temos como concluir os estudos. A única opção seria vir ao Centro para estudar, o que não temos condições de fazer”, explicou.


 

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