Lazinho da Fetagro discute sobre impactos de projetos da região Norte
24/08/2015|  Autor : Assessoria|   Fonte : Assessoria

Deputado participou de audiência pública no Pará para discutir a fome e a pobreza

 
O deputado Lazinho da Fetagro (PT) representou o Rondônia em Audiência Pública promovida pela Cáritas Brasileira - Inter Regional Norte para debater sobre a fome e pobreza na Região Norte do País, os impactos, relação e influência dos grandes projetos presentes na Região Amazônica, nos dias 20 e 21, em Santarém, no Pará.
 
A audiência aprofundou as discussões sobre os grandes projetos que estão sendo desenvolvidos na Amazônia e seus impactos como exploração dos recursos naturais, que contribuem diretamente para as mudanças climáticas; a expansão do agronegócio, que provoca o aumento do desmatamento da floresta amazônica; o deslocamento dos povos para a periferia das cidades; e a perda da identidade e cultura de cada povo.
 
O deputado, lisonjeado pelo convite e honrado em representar o Estado de Rondônia, citou um trecho da Carta Encíclica - “Laudato Sí” do Papa Francisco que aborda sobre o cuidado que devemos ter com a “casa comum”, que, de acordo com o deputado, “nada mais é que o nosso planeta, o nosso lar. Lugar criado por Deus, onde somos acolhidos de braços abertos”.
 
Ainda corroborando com o Papa Francisco que “toda a pretensão de cuidar e melhorar o mundo requer mudanças profundas nos estilos de vida e nos modelos de produção e consumo, e nas estruturas consolidadas de poder que hoje regem as sociedades”, o parlamentar classificou aquele momento como de suma importância e pertinente à realidade. 
 
Usando o Estado de Rondônia como exemplo para as reflexões propostas pela audiência, Lazinho da Fetagro trouxe o questionamento quanto aos impactos sociais e ambientais recorrentes das ações da sociedade e dos grandes investimentos do setor agropecuário e empresarial.
Exemplificou que no de 2014 o estado despejou em terras com produção agrícola, principalmente nas culturas de soja, milho e arroz, mais de 8 milhões de litros de agrotóxicos e gerou cerca de 900 toneladas de resíduos sólidos. Alertou que Rondônia registra o maior índice de pessoas portadoras da doença câncer.
 
Sem desconsiderar a importância econômica para Rondônia, refletiu sobre o quanto também há de preocupação e ação para minimizar os impactos sociais e ambientais. Demonstrou sua preocupação relatando os problemas acarretados pela construção das usinas do rio Madeira, como supressão de territórios e recursos naturais, desestruturando atividades pesqueiras e agroextrativistas; elevação do lençol freático, contaminando fontes de água para consumo; subdimensionamento da migração provocada pelos empreendimentos, gerando inchaço populacional, e conseqüente agravo ao acesso á setores como saúde, educação e moradia; e elevação dos níveis de violência, trânsito e preços dos alimentos e imóveis.
 
Lazinho da Fetagro ainda reportou informação de uma organização não governamental internacional, que atua nas áreas da conservação, investigação e recuperação ambiental, de que no último dia 13 se esgotaram todos os recursos naturais que o planeta tem disponível para um ano. Se continuarmos nessa velocidade de consumo dos recursos, em 2050 irá precisar de três planetas para sustentar a humanidade.
Para o deputado, a informação representa que a população tira da natureza muito mais do pode suportar e regenerar durante um ano. “Isso é assustador e preocupante, pois influencia na vida das futuras gerações”, observou. 
 
Diante destas situações, o deputado afirmou que é preciso posicionamentos incisivos para amenizar os impactos negativos e pontuou o que acredita ser válido para isso: compensações (royalties) investidas nos setores mais impactados como meio ambiente, agricultura e saúde; recuperação de áreas degradadas para fins de produção de alimentos diversificados; incentivo de políticas públicas para o cultivo de produtos orgânicos agroecológicos; leis que regulamente o uso de agrotóxicos; entre outras ações. 
 
Mas, para o deputado, a principal saída para impactar menos nossa “casa comum”, “é a conscientização de cada um. Colocar em prática a teoria já conhecida. Sair da conversa para a real prática das atitudes sustentáveis do planeta. Da terra, tiramos nosso sustento, nossa sobrevivência. Se não mudarmos nossas atitudes, em breve, muito breve poderemos chegar aos caos”, afirmou.
 
Ao final, o deputado Lazinho sugeriu a constituição de um Fórum Amazônico para discutir os grandes projetos para a região Norte do país.


COMENTE COM O FACEBOOK


Portalrondonia Comunicações Ltda. E-mail: [email protected]